“Chalé dos Johannpeter” será remontado nos Molhes e funcionará como “Museu do Surfe”

Família e construtora Ivo A. Rizzo doaram casa e montagem da mesma para a prefeitura de Torres visando preservar legado deixado na cidade

Chalé - foto Jacques Brandão
29 de outubro de 2017

 

Por Fausto Júnior

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Na última sessão da Câmara dos Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira (dia 23/10), entrou em debate o futuro da construção popularmente conhecida por “Chalé dos Johannpeter”. Quando foi vendido o terreno onde estava o imóvel, na Prainha,  a casa (considerada de relevância histórica pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de Torres) foi desmontada e  doada pela construtora Ivo A. Rizzo (responsável pela compra do terreno) para que a prefeitura utilizasse a mesma para atividades culturais. A doação, iniciativa da Construtora e da Família Gerdau Johannpeter (antiga dona do imóvel) – foi feita para aproveitar tanto a qualidade do material de madeira da casa quanto para aproveitar a história legada pelo chalé. Legado este que também está incluso na história do surfe de Torres e do Brasil, já que a família é precursora do esporte no país.

 

Museu do Surfe

 

No meio do debate a presidente da Câmara, vereadora Gisa Webber (PP) informou uma novidade: Já existe um tapume no entorno de um terreno na borda da SAPT, defronte à passarela que leva à Praia dos Molhes, onde está sinalizado para ser reconstruído o chalé.  E A FOLHA foi averiguar e constatou que a obra está em andamento.

Conforme informou a secretária de Turismo de Torres, Carla Daitx, a ideia da prefeitura de Torres é usar o espaço(quando montado) para atividades ligadas à cultura do surfe na história da formação do turismo e veranismo local – uma espécie de museu do surfe com exposições e painéis. A mesma secretária, que dirige este processo, projeta também que local deve estar pronto até o veraneio.

Carla lembra que se trata de uma gentileza da família Gerdau Johannpeter e da Construtora Ivo A. Rizzo, que por livre e espontânea vontade doaram o chalé – assim como se responsabilizaram de desmontar e remontar a casa de madeira. Isso fez com que a prefeitura de Torres não tivesse nenhum custo para com o equipamento turístico e cultural que recebe.

 

Parte da sociedade torrense protestou contra retirada do chalé

 

Paralela (e contraditoriamente), a gentileza da empresa Ivo A. Rizzo e da família Gerdau Johannpeter não foram retribuídas por parte a sociedade organizada de Torres. A prefeitura deu todas as licenças e a obra projetada na Prainha – onde ficava o chalé, e agora vai ser construído um empreendimento de apartamentos – está legalizada. Mas um grupo de militantes e dirigentes de entidades da preservação da história arquitetônica da cidade entraram com um pedido de embargo contra a construtora  e contra a prefeitura, alegando que a casa fazia parte de imóveis “listados” para preservação da cidade.

O Jornal A FOLHA foi buscar informações sobre este processo judicial. E já está tudo liberado para a construtora que, por conta do trabalho de seu departamento jurídico, conseguiu retirar o pedido do embargo que chegou a envolver o MP (Ministério Público) e o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Assim, foi arquivando a demanda dos movimentos preservacionistas de Torres.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Publicado em: Cultura






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