Fórum empresarial cobra demandas do setor em reunião com o prefeito de Torres

Projetos estruturantes e menos desperdício são âmagos das demandas. Prefeito sinaliza com fim dos problemas financeiros agudos da prefeitura

FOTO: Eraclides Maggi lê demandas para prefeito Carlos Souza, em meio a empresários e secretários de governo
28 de julho de 2017

Em reunião de trabalho realizada na semana passada, na Pousada da Prainha, dirigentes do Fórum Empresarial de Torres apresentaram para o prefeito da cidade, Carlos Souza, uma espécie de avaliação da situação atual da cidade de Torres, no que se refere à infraestrutura física. A ideia do grupo empresarial – formado por associações locais como a ACTOR (Construção Civil), AHRBS, (Hoteleiros e restauranteiros), SERMOV (Indústria de Móveis) CDL, Sindilojas (comércio e serviços) e Rede (Imobiliárias) – é de cobrar o plano de ação do governo de Torres perante as demandas do mesmo fórum empresarial, demandas estas apresentadas na campanha eleitoral que elegeu o atual prefeito, bem como no início de seu governo (Quando Carlos já estava eleito).

A Reunião foi coordenada pelo representante do Forum Empresarial (e presidente da Actor), Eraclides Maggi, que lembrou que o encontro busca o debate e a troca de informações entre os representantes do setor produtivo da cidade com as autoridades públicas eleitas pela sociedade.

 

Pouca ação até agora

 

Conforme informa em texto, o Fórum empresarial acha que poucas providências para a busca de soluções foram implementadas nestes seis meses de governo. Embora o grupo reconheça que setor público esteja passando por dificuldades financeiras para tornar os planos em ações efetivos, eles mantêm a opinião que as ações estruturais ainda estão esperando e que os problemas deveriam ser atacados.

O grupo cobra dos secretários municipais e do prefeito Carlos Souza um plano mais bem detalhado sobre ações e atitudes públicas perante as demandas do Fórum Empresarial. Os empresários insistem que a lista de ações deve ser implantada, pois a cidade necessita de modernização no ambiente, que azeita as ações de desenvolvimento.

Dentre as demandas cobradas na reunião entre empresários e prefeitura, estavam:

 

  • Definição do Plano Diretor
  • Implantação da Lei nº4832 (de Incentivos Fiscais)
  • Plano viário para melhorar o trânsito de veículos na área urbana
  • Calendário de Eventos para fomento ao Turismo
  • Divulgação do Destino Torres para fora
  • Fiscalização do Poder Público aplicando as Leis existentes

 

Prefeito mantém promessas e diz que problemas financeiros estão sendo sanados

 

Na ocasião, após a apresentação das demandas do grupo, o Prefeito Carlos Souza apresentou seus planos e projetos para captação de recursos, que já foram encaminhados para contemplar várias demandas (que estão espalhadas em também várias secretarias). Carlos Souza, em sua explicação sobre as cobranças dos empresários, afirmou que o déficit das finanças municipais já está quase sanado.

O prefeito lembrou ao grupo que muitas ações demandadas pela sociedade, inclusive na parte estrutural (o caso das do Fórum Empresarial), necessitam de ações pretéritas, como, por exemplo, licenciamento ambiental e outros licenciamentos, bem como o cumprimento de trâmites legais. Mas, conforme o texto escrito pela diretoria do Fórum Empresarial de Torres, o prefeito Carlos (em sua explanação) manteve suas promessas de implantar em seu governo todas as demandas da categoria. Estas demandas já estariam sendo trabalhadas em projetos nas secretarias municipais da nova gestão da prefeitura, que completou seis meses de trabalho em junho.

 

A busca é por projetos ESTRUTURANTES

 

Conforme informou para A FOLHA na última quinta-feira (27) o representante do Fórum, Eraclides Maggi, o trabalho do grupo de empresários busca que a prefeitura coordene a implantação de projetos estruturantes para Torres, já que eles (programas) dependem de ações públicas e de leis que permitam que as ações sejam validadas.  O diagnóstico do grupo é o de que “faz 16 anos que Torres não recebe nenhum projeto deste quilate”.

Eraclides afirma que o diagnóstico aponta que a cidade está trabalhando com desperdício de dinheiro e energia justamente por não priorizar projetos elaborados, que mudem a estrutura do ambiente econômico, urbano e social. Para os empresários, itens menores tiram a energia do setor público que desperdiça, ao invés de se ater em temas maiores, de fundo.

Segundo o Fórum Empresarial, o sistema viário urbano de Torres, por exemplo, “é antigo e o material e o método de pavimentação das ruas é fraco e ultrapassado”. Os empresários salientam que, em sua avaliação, o ambiente para investir em Torres também é desfavorável e de certa forma inseguro juridicamente. O grupo acha que o investimento em equipamentos turísticos também deveria ser uma prioridade para a mudança do contexto ambiental, alavancando que empresários se instalem ou investiam na cidade.

 

Parceria visa duas vias

 

O empresariado unido em trono do Fórum Empresarial tem apoiado a administração pública de várias formas: 1) em parcerias onde recursos financeiros são envolvidos; 2) em apoio às ações institucionais do setor público que precisam ser tomadas para modernizar o município de Torres e melhorar o ambiente para investimentos. Eraclides Maggi salienta que esta atitude dos empresários já vem há mais de quatro anos, deste o governo passado. E, agora, no governo Carlos Souza, busca-se ampliar ainda mais os apoios e as parcerias.

Mas o Fórum Empresarial defende e luta para que esta parceria seja uma via de duas mãos. O setor colabora com os programas e as necessidades do setor público – em troca do direito de opinar e cobrar ações que dependam de atitudes políticas do governo no poder. Por exemplo, a reunião que se realizou na semana passada, onde o Fórum cobrou do prefeito sua lista de demandas estruturantes para Torres, é um direito dos empresários em sua busca de parcerias publico-privadas.

Dentre outras “bandeiras” defendidas pelo grupo institucional, que fomenta o desenvolvimento de Torres em nome da iniciativa privada, estão: 1) A implantação bem feita do Estacionamento Rotativo no centro da cidade; 2) a criação de um Projeto de Lei referente ao FUNREBOM que facilite e dê recursos para que os bombeiros possam trabalhar melhor e mais rápido nas liberações de alvarás; 3) alteração de algumas Leis referente à legislação já existente; segurança Pública / Guarda Municipal; 4) uma Lei para terminar com a POLUIÇÃO SONORA e valorização e incentivos a Praças /Museu/ Monumentos da cidade e na cidade.


Publicado em: Economia






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