A frequência das águas-vivas em Torres: como se precaver e como agir em casos de queimaduras

água-viva (foto): animal do grupo dos cnidários, possuí veneno armazenado em seus pequenos tentáculos

19 de janeiro de 2018

Além de observar as tradicionais bandeiras que indicam as condições do mar (verde – tranquilo; amarelo – atenção no mar; vermelho – banho perigoso), os veranistas de Torres (e do litoral gaúcho) devem, também, ficar atentos com a bandeira de cor púrpura. Anexada próxima as guaritas dos guarda-vidas, elas podem ser vistas com relativa frequência nas praias do Litoral Norte gaúcho, indicando infestação de águas-vivas – também chamadas de mães d’água. Ao todo, mais de quatro mil casos de queimaduras já foram registrados neste verão, conforme o Corpo de Bombeiros do RS.

Desde 2015, o Corpo de Bombeiros Militar tem parceria com a Universidade Feevale para alertar sobre os riscos das queimaduras. Ao todo, 220 bandeirolas foram confeccionadas no padrão internacional e distribuídas de Torres a Quintão para conscientizar a população a registrar os casos que ocorrem no contato com os tentáculos do animal. Como os animais costumam se locomover em colônias extensas – simplesmente seguindo a direção da ondulação –  não há como identificar praias com maior incidência.

Em Torres – conforme informações coletadas pelo jornal A FOLHA junto a banhistas e principalmente surfistas (que, como usuários constante dos mares, são bons termômetros da presença destes animais) a atual temporada de verão tem tido presença de mães d’água e registro de queimaduras, embora em quantidade menor do que no verão passado (temporada 2016-17), quando as águas (e os dias) estavam mais quentes. Mais marcante ainda foi a infestação de águas-vivas no verão retrasado (temporada 2015-16), quando os registros de surfistas com queimaduras foi intenso durante um período relativamente longo (iniciado ainda no final de dezembro, e adentrando janeiro)

 

O que são as águas-vivas?

 

A mãe d’água (ou água-viva como a medusa é popularmente conhecida) é um animal invertebrado cujo corpo é constituído por 95% de água. Trata-se de um invertebrado do grupo dos cnidários (do qual fazem parte também os corais, por exemplo). Apesar de possuir uma estrutura simples, é perigosa. Queimaduras pelo seu veneno não são eventos raros. O veneno é armazenado nos nematocistos, células que atuam como cápsulas de armazenamento, localizadas nos tentáculos do animal.

 

Que medidas tomar quando as queimaduras ocorrem?

 

Alguns cuidados devem ser tomados quando as queimaduras de águas-vivas ocorrem. Elas causam irritações, sensação de queimadura, dores e fisgadas – em casos mais graves, é possível que haja náusea, vômitos e até desmaios. O principal a ser feito ao ser queimado por uma mãe d’água é lavar o local com a água do mar e não com água potável, que piora a situação.

Outra medida importante é fazer compressas frias com vinagre (que está disponível nas guaritas de guarda-vidas do litoral gaúcho). Em casos em que os tentáculos ficam grudados à pele, eles devem ser cuidadosamente removidos com o auxílio de pinça ou gelo, sem esfregar o local.


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