Projeto de uso turístico e logístico da Lagoa Itapeva sendo articulado

A ideia, apresentada na tribuna popular da Câmara de Torres, é envolver vários municípios da região e entidades de esporte e transporte para viabilização e sustentabilidade econômica

lagoa itapeva (foto: divulgação popa.com.br)
10 de setembro de 2017

Participaram da tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Torres, durante sessão realizada na segunda-feira, dia 4/4, o secretário de Meio Ambiente e Pesca de Arroio do Sal, Jorge Santos, e o presidente da Colônia de Pescadores localizada em Torres, Osvaldo Alves de Siqueira. A pauta sugerida para ser apresentada aos vereadores de Torres – e consequentemente colocada de forma pública para a sociedade – foi de um projeto de Turismo para a Lagoa da Itapeva e a criação de uma APA (área de proteção ambiental) no Litoral Norte chamada de “Corais Artificiais”.

 

Ancoradouros e rotas serviriam para exploração

 

A apresentação foi feita pelo secretário da prefeitura da cidade de Arroio do Sal, local onde vem sendo idealizado o projeto. Conforme diagnóstico mostrado na apresentação, a Lagoa não é aproveitada para o Turismo, sequer para transporte de carga e de pessoas, esta última, uma atividade que já existiu até a primeira metade do século passado (quando o acesso via veículos até o litoral era muito difícil).

Jorge Santos explicou que está trabalhando junto à consultoria do ex-secretário da prefeitura de Torres, Carlos Cechin, para que seja apresentado o projeto para todos os municípios que teoricamente podem aproveitar a Lagoa Itapeva para Turismo e Transporte. São eles: Arroio do Sal, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Torres, Dom Pedro de Alcântara e Itati.

Objetivamente, a ideia é aproveitar a Lagoa Itapeva para Navegação, Esporte, Ecoturismo e Fiscalização, através da criação de uma Rota chamada ‘Rota Mata Atlântica’.  A rota de navegação prevê, por exemplo, a construção de ancoradouros, que podem servir como apoio para todo o escopo do projeto: lazer, esporte, transporte e fiscalização das terras e do manejo das atividades lacustres.

A formatação e implantação do projeto, na ideia inicial, seriam coordenadas por todos os municípios conforme seus interesses específicos. E a sustentabilidade do projeto (construção e operação) seria feita com participação de entidades desportivas, de turismo e de transporte, através de parceria publico-privada e junto com o grupo de cidades envolvidas na implementação da ideia.

 

Inventário turístico como base

 

Um inventário de atividades turísticas e de logística daria o panorama para ser base da implantação dos equipamentos que serviriam para a execução do projeto final na Lagoa Itapeva, assim como daria a base de aproveitamento de cada cidade.  Conforme o plano, será criado um fórum para o debate do projeto e para sua implantação.  A colocação de trapiches e mini-portos no entorno da lagoa seria base do manejo que dá espaço para a exploração de atividades de lazer e transporte. O resultado disto seria a exploração de rotas, a utilização de barcos na lagoa, uma vez que eles tenham onde ancorar e abastecer, e a possibilidade de transportar mercadorias e pessoas entre as cidades.

Uma das ideias interessantes que pode ser viabilizada com o projeto é a de criar uma linha de transporte aquático que ligaria Arroio do Sal à Três Cachoeiras. A ligação poderia viabilizar que pessoas morassem num lado e trabalhassem noutro, tendo locomoção de ida e volta ao trabalho sem ter de contornar a lagoa -além do trajeto ser uma espécie de equipamento de turismo e lazer.

A utilização da Lagoa Itapeva como equipamento de fomento ao Turismo também já fez parte da biografia da atividade da Ulbra de Torres. No início da década de 2000, a universidade criou as bases de um projeto que poderia ser implementado na região para aproveitamento turístico das lagoas entre o mar e a BR 101. Mas a ideia ficou parada, embora, provavelmente ainda deva ter seus documentos guardados junto aos registros de atividades da antiga faculdade de Turismo da universidade, sediada em Torres.

 

Recifes no mar para fomentar a pesca, o mergulho e brecar pesca predatória

 

A outra parte da ideia de turismo e exploração ambiental do litoral norte, apresentada pelo secretário do Meio Ambiente de Arroio do Sal, foi a de unir às cidades litorâneas da microrregião e implantar um projeto de colocação de recifes artificiais em alguns locais, dentro do mar. A ideia é fomentar a pesca esportiva na região e, ao mesmo tempo, criar uma espécie de reserva ou APA (Área de Preservação Ambiental) no mar das cidades envolvidas (Arroio do Sal e Torres).  Com esta reserva, a pesca predatória – existente atualmente, conforme o apresentador, executada por embarcações, a maioria de outros estados – também seria atacada, o que beneficiaria os pescadores das cidades do norte do litoral do RS, que pescam de forma artesanal ou esportiva, em geral.

Diga-se de passagem, o vereador Gimi (PMDB), em seus mais de 20 anos de Câmara já propôs, várias vezes, o mesmo sistema como forma de fomentar a pesca, o mergulho esportivo e de apreciação, além de outras atividades de turismo na cidade de Torres.

 

 

 


Publicado em: Turismo






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