Projeto Praia Limpa realizará “Blitz de Verão” com Educação Ambiental nas principais praias de Torres

Coordenador do projeto visitou redação do jornal A FOLHA e mostrou novos materiais que serão distribuídos aos usuários das praias torrenses

Novo modelo de bituqueira do Projeto Praia Limpa Torres
12 de janeiro de 2018

 

Neste ano de 2018, o Projeto Praia Limpa está completando 5 anos de atividades focadas na educação ambiental e ações de limpeza de praia voluntárias na cidade de Torres. Um projeto nascido aqui mas que virou exemplo a ser seguido, se espalhando por outros municípios litorâneos.  E na tarde da última sexta-feira (05), recebemos na redação do jornal A FOLHA o coordenador do Projeto, Alexis Sanson.

Alexis veio informar que já estão planejadas as datas das ‘Blitz Verão 2018’ do projeto Praia Limpa Torres –  que acontecerão, em datas diferentes, sempre aos domingos no turno da manhã, nas quatro principais praias da cidade. Nos Molhes, a ação ocorrerá no dia 14 de janeiro; na Prainha no dia 28 de janeiro; já a Praia da Cal recebe a blitz no dia 04 de fevereiro e, finalizando, no dia 18 de fevereiro a ação ocorrerá na Praia da Guarita.

“Estas blitzes já vem ocorrendo em nossa orla desde o verão de 2014. Fixamos nossa tenda do Projeto Praia Limpa e, neste local, haverá distribuição de lixeirinhas de praia de TNT (biodegradáveis), além dos novos modelos de bituqueiras portáteis e adesivos da campanha ‘Torres, eu amo eu cuido’. Fora esta atuação na tenda, voluntários do projeto também farão a distribuição do material ao público da praia, visando chamar atenção para a importância da manutenção da orla limpa”, indica Sanson, que destaca ainda que – durante cada blitz –  deverão ser realizadas palestras de educação ambiental com foco nas crianças (faixa etária de 05 a 10 anos), explicando sobre tipos de resíduos, impacto do microlixo no ambiente praiano e outras dicas”.

Sanson frisa que, durante o verão, as habituais ações de limpeza da orla por voluntários do Projeto Praia Limpa não ocorrem (postura que vêm sendo assumida sempre na alta temporada). “Tecnicamente, com a praia lotada, entendemos que não conseguiríamos executar esse tipo de limpeza, pois poderia até ser um estorvo realizar esse tipo de ação em meio ao grande número de veranistas. Entendemos que, na alta temporada, a prefeitura deve se responsabilizar por esta importante necessidade pública, que é a manutenção regular da orla torrense. Mas seguimos, através das blitzes, nosso trabalho de conscientização”.

 

Da delinquência as novas bituqueiras

 

O projeto #BitucaZero foi idealizado e implementado em Torres no verão de 2017 – com resultados muito significativos: foram aproximadamente 10 mil baganas de cigarro recolhidas em cerca 25 bituqueiras instaladas na orla torrense (e alguns pontos turísticos). Entretanto, neste verão de 2018, o projeto não conseguirá disponibilizar o mesmo número de bituqueiras no formato implementado em 2017, e a razão é lamentável: a delinquência cometida contra os próprios equipamentos, solidariamente instalados para evitar que as baganas fossem jogadas no meio ambiente.

“Os resultados (do projeto Bituca Zero) foram importantes, mas em decorrência da falta de educação de algumas pessoas, que suprimiram (FURTARAM) os equipamentos, decidimos que ele não será replicado nesta temporada 2018”, explica Sanson, que continua: “Isso nos levou a pensar no novo modelo que será implementado neste verão: um modelo de bituqueira unitário, que será entregue aos fumantes na beira mar. Trata-se de um recipiente com tampa, portátil, que pode facilmente ser colocado dentro de um bolso de bermuda, ou bolsa”.

As estatísticas tabuladas durante os 5 anos de Projeto Praia Limpa Torres provam a grande quantidade de baganas de cigarro atiradas nas praias de Torres –  o temível “microlixo” que é um dos principais resíduos descartados de forma irregular, trazendo diversos malefícios ao meio ambiente e fauna praiana: “As bitucas tem um tempo médio de decomposição de 5 anos, tem substâncias tóxicas e absorvem outras substâncias maléficas do próprio cigarro. Consequentemente, contaminam o solo quando jogadas no meio ambiente. Além disso, intoxicam animais marinhos e aves que ingerem estas baganas, pensando ser uma forma de comida. Portanto,contamos com a atenção dos fumantes, que poderão contar com as nossas bituqueiras para evitar que este problema se espalhe em nossa orla”, conclui Sanson.

Alexis Sanson (e), do Praia Limpa Torres, com o editor do jornal A FOLHA, Guile Rocha

 


Publicado em: Meio Ambiente






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