Ultramaratonista de ciclismo passa por Torres durante sua viagem por 8 paíse da América do Sul

Além da aventura e participação em competições, arquiteto Breno Bizinoto (foto) também realizará análise sobre mobilidade urbana nas cidades por onde passar

29 de outubro de 2017

 

Torres como cidade turística e litorânea acaba fazendo parte do itinerário de viajantes adeptos de novas aventuras, assim como desportistas que atravessam nosso municipio praticando um esporte e, ao mesmo tempo, desfrutando das belíssimas paisagens que Torres oferece. Foi assim com o supermaratonista de Montain Bike e Ciclismo de Longa distância, Breno Bizinoto, mineiro de 27 anos e arquiteto de profissão. O jornal A FOLHA conversou com ele durante sua passagem por Torres, no último dia 19 de outubro.

Há quatro meses, foi lendo um livro que contava a saga de um ciclista, também mineiro e também arquiteto, que Breno resolveu pegar sua bike e ganhar o mundo. Saiu de Belo Horizonte no dia 14 de setembro, com o objetivo de chegar até a Patagônia, dando a volta pela América do Sul. No total, serão 30.000 Km pedalados, passando por 8 países. Nesta aventura, Breno é patrocinado por uma marca Suíça de bike e acessórios, além de uma marca de rastreador – aparelho que usa sempre em seu corpo, e que faz com que a sua família saiba em tempo real onde ele se encontra.

O atleta coleciona títulos no esporte,entre eles o de Vice Campeão Mundial de Maratona Ciclística 24 horas (são 24 horas pedalando!) conquistado na Austrália em 2014.Os treinos, para chegar a desempenhos extraordinários – como pedalar até 170 km em provas como esta – são muito fortes,iniciando muitas vezes antes do sol nascer. A disciplina é imprescindível, conforme Breno, e a alimentação também é muito importante. Para dormir depois de pedalar das 9h da manhã até as 17h, o atleta utiliza-se do aplicativo Couchsurfing, um serviço de hospitalidade onde o morador abre a sua casa e oferece um sofá, ou uma cama para dormir (em troca, o usuário depois também tem que disponibilizar sua casa para outros viajantes)

 

Um encontro pra lá de emocionante na estrada

 

Segundo Breno,as condições das malhas civloviárias no Brasil,são boas e na estrada existe um respeito com o ciclista. Inclusive foi em uma estrada,passando por Ubatuba (no estado de São Paulo), que Breno viu passar, ao lado dele,um rosto conhecido dentro de um carro. Ação  continua, ele pediu com a mão e gritou para o motorista parar. O motorista assim o fez e desceu do carro,para falar com o ciclista. “Tu não és o Argos, o ciclista e arquiteto de Belo Horizonte?”, perguntou Breno. Com a resposta positiva, Breno eufórico e contou para aquele homem que estava fazendo aquela viagem ,de bike, inspirado no livro dele. E Breno ficou sabendo que, depois da volta ao mundo ,Argos resolveu morar em Ubatuba e  levar uma vida mais perto da natureza – mas continuava com a arquitetura. “Foi uma grande coincidência! Foi surreal”, comentou Breno.

 

Entre competições e estudos de mobilidade urbana

 

A intenção de Breno não é só conhecer novos lugares: ele participará de competições e irá competir com os melhores ciclistas do mundo. O atleta pretende disputar no caminho cinco ultramaratonas (uma delas já ocorreu, na cidade de Mariana- MG), competições que duram de três a sete dias e chegam a percorrer até 600 quilômetros.Também faz parte ,o interesse de conhecer a Mobilidade urbana e a malha cicloviária das cidades visitadas, bem comoe como as pessoas estão lidando com as bicicletas, como meio de transporte. “A minha viagem é também para provocar este movimento. O que vi até agora tem muito a discutir” diz o Arquiteto e Urbanista, que continua “Pretendo na volta fazer palestras.Tenho fé que a mobilidade urbana tenha uma perspectiva bem melhor.Está havendo um maior investimento na malha viárias das cidades”.

Perguntado, qual o momento mais difícil até agora. Breno respondeu que a parte mais difícil é partir. “Você nunca acha que vai estar preparado para uma viagem destas”. Após se despedir, lá se foi nosso superatleta brasileiro com sua bandeira do Brasil na bagagem, representando o nosso povo e nosso Pais. E nós o esperamos de volta, com muitas experiências e conquistas  daqui á um ano e dois meses.








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