Agroecologia da região de Torres se adapta às tecnologias digitais

Visitas virtuais, reuniões online, gravação de vídeos, georreferenciamento. A segunda assembleia de 2021 do Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida de Agroecologia, na noite de terça-feira, 14, no you Tube do Centro Ecológico, mostrou que agricultura ecológica do litoral norte está cada vez mais conectada às tecnologias digitais.

Agroecologia da região de Torres se adapta às tecnologias digitais
18 de junho de 2021

Visitas virtuais, reuniões online, gravação de vídeos, georreferenciamento. A segunda assembleia de 2021 do Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida de Agroecologia, na noite de terça-feira, 14, no you Tube do Centro Ecológico, mostrou que agricultura ecológica do litoral norte está cada vez mais conectada às tecnologias digitais. O motivo é global, mas é localmente que as famílias agricultoras têm se desafiado na adaptação à nova realidade. O objetivo é continuar garantindo ao mercado consumidor que os alimentos produzidos são realmente sem agrotóxicos.

A renovação dos certificados de conformidade orgânica durante a pandemia é um dos que requerem essas habilidades há pouco tempo até irrelevantes no dia a dia das propriedades, como a gravação de vídeos. Conforme o técnico Cristiano Motter, a coordenação geral da Rede Ecovida orientou que as visitas de pares, que são as visitas de avaliação entre os membros do mesmo grupo, podem ser virtuais, mas as imagens precisam ser arquivadas porque depois serão analisadas por pessoas de fora do grupo.

Na renovação ou solicitação de certificação, outro ponto destacado por Motter foi o georreferenciamento, que permite localizar a propriedade. “Deve ser colocado no plano de manejo da propriedade. Essa informação passou a ser obrigatória”, explicou o técnico.

“Na plenária foram aprovados três grupos que receberam visita. Os demais que receberam o certificado foi só renovação do certificado”, informou o coordenador da Comissão de Ética do Núcleo, Natan Fernandes. Estão previstos um curso on line de princípios básicos da agricultura ecológica e um para as comissões de ética do núcleo, que talvez seja presencial, em local amplo, com transmissão ao vivo.

 

Rede Ecovida – Núcleo Litoral Solidário

 

Formada por aproximadamente 4,5 mil famílias agricultoras, ONGs de assessoria técnica e outras instituições no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Sul de São Paulo, a Rede Ecovida de Agroecologia foi pioneira, no Brasil, no desenvolvimento de uma metodologia de certificação participativa de produtos ecológicos. Reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) essa metodologia é colocada em prática pelos grupos dos núcleos regionais. No Litoral Norte do RS, o Núcleo Litoral Solidário integra atualmente 44 grupos de agricultura ecológica, três agroindústrias, duas cooperativas de consumidores, duas feiras semanais e duas ONGs de assessoria técnica.

Em 15 meses, esse foi o terceiro encontro à distância do núcleo. Reuniu 44 grupos: de Osório, Maquiné, Caraá, Itati, Três Forquilhas, Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Dom Pedro de Alcântara, Torres e Mampituba. Em alguns momentos houve mais de 100 participantes.

Daniela Flores e Joaquim Martins da Rosa falaram sobre a importância da participação dos jovens na agroecologia, por meio dos cursos e representação política tanto no núcleo quanto em outras instâncias de influência ambiental na região. “Sem feminismo não há agroecologia e sem a juventude não se pode construir a agroecologia como um todo”, ressaltou Joaquim.

 


Publicado em: Meio Ambiente






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