Um fenômeno curioso tem chamado a atenção no Brasil: há cidades em que o número de imóveis supera o de habitantes. De acordo com dados recentemente divulgados do Censo do IBGE de 2022, vários municípios compartilham dessa configuração peculiar. No litoral norte do Rio Grande do Sul, sete cidades exibem essa estatística intrigante.
Locais como Arroio do Sal e Xangri-Lá fazem parte desse grupo, que, além de atrair turistas, tem se tornado cada vez mais conhecido por suas residências de veraneio. Pelo menos 18 cidades brasileiras enfrentam essa peculiaridade.
Caso de Rio Quente (GO)
O exemplo clássico dessa situação é o município de Rio Quente, em Goiás, que atrai olhares e questionamentos a respeito desse curioso cenário.
Mesmo com uma população estimada em apenas 3,9 mil habitantes, a cidade possui mais de 4,1 mil domicílios, indicando uma realidade onde as casas são muito mais numerosas que os moradores permanentes.
Rio Quente, além de ser famosa por suas impressionantes águas termais, é um destino turístico que conta com atrações naturais de destaque. E a situação em Rio Quente não é uma exceção.
O fenômeno de cidades com mais imóveis do que habitantes não se restringe a números; ele revela uma dinâmica complexa entre a habitação permanente e a presença de turistas. A tendência em cidades turísticas é que muitos imóveis sejam utilizados como residências temporárias, um reflexo do desejo de escapismo e férias constantes.
Assim, enquanto moradores fixos podem sentir a falta de uma comunidade vibrante, os turistas continuam a explorar e a buscar novas experiências em destinos que, paradoxalmente, têm mais casas disponíveis do que habitantes permanentes.
Veja abaixo a lista com as 10 cidades brasileiras com maior número de casas sem habitantes:
Rio Quente (GO);
Arroio do Sal (RS);
Xangri-Lá (RS);
Cidreira (RS);
Balneário Pinhal (RS);
Palmares do Sul (RS);
Ilha Comprida (SP);
Mangaratiba (RJ);
Matinhos (PR);
Vera Cruz (BA).
*Com informações de Correio