Ativista cultural questiona ações de secretário municipal de Torres, que diz que ‘acusações são infundadas’

Pronunciamento na Câmara girou em torno da manutenção do edifício histórico onde funcionou a sede da prefeitura de Torres até o ano de 2016 - e que atualmente abriga Museu Histórico de Torres

Tommaso (e) manifestou-se e acusou secretário na tribuna da Câmara ; secretário Mauri (d) negou
27 de maio de 2022

Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira, dia 23 de maio, participou da Tribuna Popular o representante do Cineclube Torres, Tommaso Mottironi. Ele foi à Casa Legislativa para falar sobre as atividades do Dia Internacional de Museus, mas acabou adentrando em outros assuntos que envolvem a estrutura pública relacionada as atividades culturais em Torres.

O representante do Cine Clube lamentou sobre a situação do atual prédio do Museu Histórico de Torres (antiga Prefeitura). Falou sobre a falta de local físico funcional para o setor de Cultura de Torres.  Para Mottironi, o prédio onde funcionou a antiga prefeitura (na Avenida Júlio de Castilhos), necessita de muita manutenção. Lembrou que, inclusive, a Prefeitura já teria sido notificada por conta de problemas ligados ao prédio. Apesar de uma reforma recente feita pela municipalidade no local, ele listou situações como vazamentos em salas que não poderiam sequer ser utilizadas, além de espaços do museu estarem sendo mais ainda depreciada pela umidade.

Além disso, Tommaso pediu à Comissão de Educação, Esporte e Cultura da Câmara para a busca de um diálogo entre a Pasta de Cultura e a comunidade, sugerindo a criação de um conselho de cultura em que os mem bros não sejam nomeados. Questionou ainda o baixo valor destinado à Pasta de Cultura em Torres.

A seguir, o representante do Cineclube passou a falar sobre um movimento, realizado por pessoas ligadas à Cultura de Torres, que culminou em um “Abraço Simbólico” ao edifício do prédio histórico da Avenida Júlio de Castilhos, para ele com objetivo de mostrar afeto pelo seu valor arquitetônico e funcional do Museu, lembrando que o prédio demandava cuidados e reparos.  E lamentou o que chamou de intervenção do secretário de Cultura de Torres, José Mauri Rodrigues, em relação ao abraço simbólico. Mottironi disse que o secretário teria  ameaçado retirar as atividades do clube de Cinema realizadas dentro do prédio. Além disso, citou a recente demissão de uma servidora da pasta da Cultura, o que para Tommaso teria sido uma espécie de retaliação ao movimento do abraço simbólico – servidora demitida esta que, para ele, seria uma pessoa bastante preparada dentro da pasta de cultura e que estaria fazendo bons trabalhos em prol do setor em Torres.

 

Secretário Mauri nega as acusações

 

A FOLHA fez contato com o secretário de Cultura e Esportes da Prefeitura de Torres, José Mauri Rodrigues para saber sua versão sobre o pronunciamento público feito na Câmara de Vereadores na segunda-feira (23), com acusações ao seu trabalho. Ele acha que houve uma espécie de mal entendido sobre a atitude da secretaria perante a narrativa do representante do Cineclube.

“Acredito que toda manifestação de maneira ordeira e pelo bem de um propósito são válidas e ressalto que não houve nenhuma intervenção por parte da Prefeitura ou de nenhum secretário municipal para que o evento do abraço ao museu fosse cancelado ou suspenso” afirma Mauri.  “Já sobre o desligamento de uma das nossas diretoras da pasta, foi causada apenas por motivação administrativa, não tendo deferência com outro motivo paralelo qualquer”, continuou o secretário da prefeitura.

“Quanto a uma suposta ameaça feita ao responsável pelo Museu, o Tommaso, posso precisar que eu secretário da pasta da Cultura e do esporte de Torres nunca falei sobre o Cineclube ter ou não espaço no museu: O local está fechado para reformas por tempo indeterminado. Portanto, as acusações sugeridas são infundadas”, concluiu José Mauri Rodrigues .


Publicado em: Cultura






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