Câmara convida Conselho Municipal do Meio Ambiente de Torres a se posicionar sobre construção do Porto na região

Ideia ainda está em estudos técnicos e articulações políticas, embora os idealizadores estejam trabalhando com hipótese da construção de forma aberta

Reunião com políticos no Palácio Piratini, na Capital Gaúcha, onde assunto do possível porto em Torres foi debatido
16 de abril de 2019

Dentre os REQUERIMENTOS que foram pautados e lidos na sessão ordinária da Câmara Municipal de Torres, realizada na segunda-feira retrasada, dia 8 de abril, estava um convite assinado pelos vereadores Carlos Monteiro, o Tubarão (MDB), Marcos Klassen (MDB) e Gisa Webber (Progressistas). No texto, o pedido para que o Conselho Municipal do Meio Ambiente de Torres (Commam) vá à Casa Legislativa dar sua posição atual sobre a possibilidade de implantação de um Porto Marítimo (Terminal Portuário) em Torres.

Conselho tem poderes opinativos e de alguns vetos

O Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam) é formado por cidadãos TORRENSES representantes de entidades da sociedade organizada.  Uma parte dos membros é de secretarias ligadas ao Poder Executivo, outra de entidades ligadas diretamente ao Meio Ambiente, e outra de entidades ligadas ao dia-a-dia das comunidades. Ele (Conselho) tem poder de voto – em alguns casos com poder de veto – e as decisões são baseadas em legislações atuais sobre os temas abordados.

O Terminal Portuário surgiu como ideia ainda na metade do ano passado. O atual senador (à época Deputado Federal) Luiz Carlos Heinze (Progressistas), foi quem bancou a tarefa de mobilização federal, estadual e municipal para que o terminal saia.

Mais informações científicas são necessárias

Em Torres já houve várias reuniões para tratar sobre o assunto, uma delas um pouco mais aberta e com participação de muitos formadores de opinião, realizada ainda no final do ano de 2018. O prefeito da cidade, Carlos Souza, se posiciona com tendência a apoiar o porto em Torres, embora esteja fazendo o papel de liderar o debate na cidade com liberdade de opiniões de ambos os lados ideológicos.

A cidade de Arroio do Sal – através do prefeito Affonso Flávio Angst ( Bolão) também se candidatou politicamente como apta a receber o empreendimento, que está sendo apresentado como de iniciativa privada e sem recursos públicos.  O município vizinho possui a região marítima mais fácil para a construção do Porto,  conforme os primeiros levantamentos e medições informais.

Foi justamente pelo diferencial de o projeto não possuir custos públicos maiores ( por ser de iniciativa empresarial) que o  governador do RS – Eduardo Leite – que é oriundo da Zona Sul do RS, se colocou publicamente  favorável à implementação de mais um porto no estado, que irá concorrer com o de Rio Grande (região do governador), único terminal atual no RS.

Os impactos negativos e positivos da implantação do equipamento de logística por navegação são as questões que geram insegurança de posicionamentos nos torrenses – e até nos gaúchos – que veraneiam no Litoral Norte. E a apresentação pura (sem ideologia) sobre estes impactos é o caminho para que o processo seja debatido,  aprovado ou rejeitado politicamente, além de ser (ou nao) viabilizado técnica e judicialmente.

Do lado de impactos econômicos e sociais, o aumento da oferta de empregos, a infraestrutura a ser construída na região sul de Torres, a projeção da multiplicação POR QUATRO no recolhimento de impostos locais, que viriam com a entrada do terminal no município, são as principais.

Do lado dos impactos ambientais e sociais negativos, os riscos práticos de poluição através de vazamentos e outras atividades poluentes que são geradas por um terminal e a possibilidade de chegada de atividades portuárias promíscuas – como contrabando, prostituição e tráfico de drogas e eventuais pessoas ligadas a estes crimes.  Essa sensação de insegurança de alguns é por conta da atividade internacional e nacional de entrada e saída de mercadorias, ligado a qualquer porto comercial.

Nos próximos dias, a Câmara torrense deverá anunciar a data do encontro entre dos treze vereadores da Casa legislativa torrense com representação do Commam. E a reunião pode trazer novidades e outros formatos de encontros para a discussão do tema.


Publicado em: Política






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