CÂMARA DE TORRES APROVA PROJETO QUE AUTORIZA VENDA DO PRÉDIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Mas emenda anexada ao texto GARANTE que RECURSOS serão gastos na construção de uma NOVA Escola Infantil e o resto investido em REFORMAS de outras ESCOLAS municipais

Imagem do prédio que, agora, deverá ser vendido
24 de junho de 2018

Na sessão da Câmara da última segunda-feira, dia 18 de junho foi aprovado o Projeto de Lei 0068/2017, que autorizou o Poder Executivo a efetuar a venda do edifício Residencial e Comercial Arara Azul, local onde funciona atualmente a Secretaria de Educação da prefeitura, localizado na beira da Lagoa do Violão.
O prédio foi comprado pelo governo municipal no ano de 2011, por conta da necessidade de haver reforma na Câmara Municipal (onde até então funcionava a secretaria). Foi quando o número de vereadores da casa legislativa iria mudar de 9 para 13 após a eleição do ano de 2012, e com a consequente necessidade de áreas para os novos quatro eleitos para Torres a secretaria mudou-se para um local mais amplo (onde também passou a funcionar a Biblioteca Pública Municipal).

Centralização de atividades no Centro Administrativo e investimentos em escolas

A prefeitura justifica a venda do imóvel de 1,17 milm², avaliado em R$ 2,75 milhões afirmando que vai investir os recursos exclusivamente em obras que qualifiquem o ensino no município, tais como:
1. Construção de uma nova escola de educação infantil, que para se tornar realidade, depende também da disponibilidade de área; ou, caso seja inviável em função de não se encontrar área apropriada;
2. Ampliar a EMEF Almirante Tamandaré, em Praia Paraíso, com uma nova sala de aula e um novo refeitório;
3. Construir muro de contenção nos fundos da EMEI São Jorge, no bairro São Jorge;
4. Construir duas salas no andar superior da EMEI São Francisco de Assis, em Vila São João;
5. Construção de uma quadra de esportes coberta na EMEF Mampituba, no bairro Salinas;
6. Ampliar em duas salas de aula a EMEI Gente Miúda;
7. Construir duas salas e cobertura na EMEI Salinas;
8. Construir duas salas e calçada na EMEF Alcino Pedro Rodrigues;
9. Construção de muro na EMEF Manoel Ferreira Porto.
Além disso, a prefeitura justifica que a venda do prédio garantirá uma estrutura administrativa mais adequada e qualificada para a os gestores e usuários do sistema administrativo da Secretaria de Educação ao oferecer acessibilidade e maior conforto para servidores e cidadãos por ao concentrar os serviços da pasta no Centro Administrativo Valdir Munari em dois andares que serão reformados, além da estruturação de um auditório para aproximadamente 400 pessoas e salas multiuso para realização de oficinas e outros projetos também no Centro Administrativo.

Vereadora quer garantia que recursos irão para educação

Sobre esta obra no centro administrativo, a vereadora Gisa Webber pediu a palavra em um dos debates sobre o PL e indagou se os recursos para as reformas viriam também dos valores da venda do Arara Azul (prédio em questão). Ela opinou que achava isto errado. Chamou o centro administrativo de “Elefante Branco” (ela foi contra a compra do prédio em 2013) e mais uma vez questionou sua preocupação.
A secretária de Educação Sílvia Pereira que estava no Plenário da Câmara afirmou que não. A titular da pasta respondeu ao questionamento afirmando em público que a reforma viria de outra conta e que o dinheiro da venda do prédio em questão seria utilizado SOMENTE para reformas em escolas e construção de uma unidade de Ensino Infantil.

Emenda rejeitada

O vereador Pardal (PRB) havia colocado para aprovação a proposta de uma emenda ao PL que obrigaria que a compra e venda do imóvel teria de ser realizada por LEILÃO público e que o dinheiro teria de ser enviado ao Fundo Municipal de Educação para, após, ser aplicado com a anuência dos gestores do mesmo. Mas o parecer Jurídico e o parecer da comissão temática foram contrários porque na cidade não há Fundo de Educação, e também porque o sistema de venda de imóveis públicos deveria seguir os trâmites da Lei de Responsabilidade Fiscal e não poderiam sofrer mudanças.
O próprio vereador foi à tribuna dizer que havia se informado mais e sabia da falta de base para o regramento sugerido pelo texto, que foi rejeitado. E a rejeição do parecer ANULOU consequentemente esta EMENDA sugerida.

Emenda aprovada garante dinheiro revertido para EDUCAÇÃO

Outra emenda construída dentro da Comissão de orçamento da casa integrada pelos vereadores Tubarão (MDB) – presidente, Rogerinho (PDT) e Gisa (PP) foi sugerida para ser adicionada ao PL. A emenda diz que “parte do valor da venda deverá de ser destinada para a construção de uma nova escola de educação infantil para pelo menos 250 crianças”. A emenda foi votada e vários vereadores foram à tribuna afirmar que ela seria suficiente para assegurar que os recursos da venda de um imóvel que servia ao sistema de Educação de Torres seria utilizado para a construção de pelo menos um prédio, além de o restante ser usado para reformas em outras unidades de ensino municipal: na EDUCAÇÃO. A emenda foi aprovada e passou a ser incorporada ao PL.
No final o projeto de Lei foi aprovado por unanimidade. Agora a prefeitura deverá vender o bonito e bem localizado imóvel e – com os recursos construir mais uma creche em Torres – além de melhorar várias outras escolas municipais com os recursos, conforme consta no texto do PL.


Publicado em: Política






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