Câmara de Torres aprova R$ 1,5 milhão para movimentar festival de Balonismo deste ano

Prefeitura projeta que, no máximo em 2020, o Festival Internacional de Balonismo será autossustentável, conforme afirmou vereador Pardal no debate da votação

Edição 2015 do festival de Balonismo (foto de arquivo)
18 de março de 2019

Na sessão da Câmara dos Vereadores de Torres realizada na segunda-feira, dia 11 de março, foi aprovado por unanimidade, o Projeto de Lei 2/2019, que autoriza a prefeitura a abrir Crédito Adicional Especial no Orçamento do ano, de R$ 1,5 milhão. O crédito (que é contábil) será utilizado junto ao Festival do Balonismo, e servirá como uma espécie de adiantamento para a realização do evento – valor que deverá ser recuperado através da receita prevista para ser arrecadada nos shows artísticos, comercialização de estandes, e outras receitas (lucro projetado para ser, aproximadamente, deste mesmo valor).
O valor arrecadado – se superar as despesas programadas – poderá ser repassado à conta dos recursos livres da Prefeitura Municipal de Torres (RS).

Justificativa sugere sustentabilidade

Conforme explicou a municipalidade na justificativa do projeto de lei (PL), o dinheiro servirá para os gastos de implantação, operação e desmonte da estrutura e dos recursos contratados no Balonismo para suprir, por exemplo, “materiais de consumo, contratação de prestação de serviço pessoa jurídica e contratação de prestação de serviço pessoa física”. E o dinheiro estaria baseado em um cálculo de ‘teóricas receitas’ dos mesmos valores, colocadas como metas, que poderão gerar a auto sustentabilidade do Festival (caso as projeções de entrada de dinheiro se confirmem).

Debate na Câmara

Durante a votação, alguns vereadores pediram a palavra para explicar seus votos favoráveis ao PL. O vereador Pardal (PRB) afirmou que a cidade e suas demandas não poderiam mais conviver com gastos de em torno de R$ 1 milhão no Balonismo (mais ou menos) registrados nas últimas edições nos últimos anos. Mas Pardal também disse que teria indagado junto ao prefeito Carlos Souza sobre este questionamento, e Carlos teria lhe garantido que a arrecadação (shows e patrocínios) do Festival deve ser igual aos gastos talvez já neste ano de 2019, no máximo no ano que vem, ano de 2020. Por isto, Pardal votou a favor da suplementação.
Já o vereador Gimi (MDB) foi à tribuna explicar que os R$ 1,5 milhão não são os gastos do Festival Internacional do Balonismo. Ele disse que os gastos devem ficar no máximo em R$ 350 mil nesta edição, pois existem as receitas. Gimi lembrou que em anos anteriores, parte destes recursos circulava dentro da conta da AHRBS (Associação de Hoteis, Restaurantes, Bares e Similares de Torres) e a prefeitura cobria a despesa caso os alugueis de espaços no Festival de Balonismo não cobrissem as despesas dos balonistas, por exemplo, dentro da operação contábil na entidade. Este processo conveniado com a AHRBS foi feita para agilizar as contratações e fugir das burocracias do Festival, prática que foi apontada como irregular pelo Tribunal de Contas, o que fez com que a prefeitura encerrasse os convênios.


Publicado em: Política






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