Uma reunião, onde a pauta foi a Segurança Pública na Vila São João, acabou tratando sobre o tema de uma forma geral: para toda a cidade de Torres. As promessas de melhorias para o guerreiro e diligente povo do tradicional bairro periférico de Torres acabaram também sendo destaque, em alguns casos servindo como temas a serem implantados por lá e que podem ser projetados em outras localidades da cidade.
O encontro de trabalho foi de iniciativa da Associação dos Moradores da Vila São João. Presentes na mesa principal da reunião, que aconteceu no Salão Paroquial da Igreja Católica do bairro, o Presidente da Associação Manoel Carvalho – o Nequinha – André Dambrós (Secretário da mesma associação), os secretários municipais de Torres Mateus Junges (da Administração, que representou o prefeito Carlos Souza), a secretária de Educação Vilma Aguiar, a secretária da Ação Social Neusa De Araújo Carlo e a procuradora do Município, Pâmela Souza. Também participando da mesa principal de trabalho, estiveram o comandante da BM de Torres, Fábio Hax Duro e o representante da delegacia de Polícia Civil, comissário Élbio Bock. Estava também o na mesa o representante do deputado Estadual gaúcho Maurício Dziedricki (PTB) que esteve no encontro de trabalho à pedido do vereador torrense Jeferson dos Santos, do mesmo PTB, para buscar junto à Assembleia possíveis apoios à Torres.
Somente três vereadores da cidade não se fizeram presentes, conforme informou para A FOLHA o secretário geral da Associação André Dambrós. Os gabinetes dos vereadores Gimi (PMDB), Zete (PT) e Pardal (PRB) não estavam representados, mas os outros nove estavam com os titulares ou representantes. As duas Conselheiras Tutelares de Torres também estavam atentas às demandas de segurança pública que apareceram na reunião. E nas cadeiras, sentados, um bom público com cerca de 150 pessoas.
Câmaras de Monitoramento, a esperança das autoridades.
A prefeitura Municipal de Torres, representada pela secretaria de Administração está encaminhando uma parceria com empresas privadas para viabilizar a manutenção e o funcionamento das Câmaras de Vigilância já colocadas em Torres, (mas que há anos não funcionam), bem como de outras projetadas para serem instaladas nos próximos meses. A ideia é que, no entorno de todos os órgãos públicos (repartições, escolas, postos de Saúde e etc.), tenham câmeras instaladas. E a forma de viabilizar é uma PPP (Parceria Publico Privada) para fazer com que o sistema possa ser controlado do quartel da BM, mas com apoios privados e da prefeitura. Na Vila São João, por exemplo, existem dois postos de Saúde e Três Escolas Públicas, que teriam câmaras. O mesmo projeto de monitoramento eletrônico prevê que ruas movimentadas, de todo o centro de Torres, recebam equipamentos para filmar e flagrar movimentos transgressores e criminosos. Na Vila São João, estão previstas quatro para este sistema.
As autoridades projetam que até outubro o processo das Câmeras nas repartições esteja pronto e funcionando. Já o outro, das Câmeras adicionais colocadas em pontos de movimento, a previsão é de estarem instaladas em novembro. Tudo isto foi pactuado no encontro de quarta-feira à noite na Vila São João.
Mais participação da Guarda Municipal
Conforme informou pessoalmente o comandante da BM, Fábio Hax Duro, a corporação não tem, ainda condições de implantar um posto fixo no bairro Vila São João, como já pedem os moradores há anos, sem sucesso. Mas o comandante foi solícito e colocou seu telefone pessoal à disposição dos líderes comunitários.
Conforme informa o secretário da Associação de moradores da Vila São João, André Dambrós, já está sendo mapeada a nomeação de representantes de ruas em nome da associação do bairro Vila São João. Estes teriam a incumbência de ficar atentos aos movimentos nas vias que moram, em nome do resto dos moradores. E estes representantes podem (e devem) ligar para a BM em caso de movimentos suspeitos. Mas o chefe do batalhão de policia pede, além disto, que toda a comunidade participe se atentando a pessoas novas, movimentos suspeitos e outras suspeitas, para informar com rapidez à polícia e aumento de segurança pela integração das ações.
Outra política pública de apoio à segurança pública de Torres, anunciada pelo Governo Carlos Souza, é a estratégia de colocar os membros da Guarda Municipal contratados pela prefeitura local atuando com certa tarefa de repressão no entorno das Escolas mais movimentadas. Elas já estão sendo treinados para utilizar instrumentos repressivos – que entretanto não serão armas de fogo.
A secretaria de Ação Social também promete colocar mais projetos de inclusão social através de esportes, artes e outras atividades na Vila São João, como forma de combater o risco de pessoas mais vulneráveis serem atingidas pelas mazelas da violência.
