Deise Moura dos Anjos, a principal suspeita de matar três pessoas envenenadas com um bolo em Torres (RS), comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses, segundo a Polícia Civil. A substância foi a responsável pelo envenenamento.
A suspeita, inclusive, tinha uma nota fiscal salva no celular relativa à compra do arsênio. Ela havia comprado a substância uma vez antes da morte do sogro, ocorrida em setembro, e as outras três antes da morte de três pessoas da mesma família em dezembro. A informação é da Rede Globo.
Há indícios que Deise tenha praticado outros envenenamentos, e outras exumações ainda podem ser realizadas. Segundo matéria da RBS TV, filiada da Globo, a morte do pai de Deise, supostamente por cirrose, em 2020, pode ser investigada novamente.
A defesa de Deise afirmou que as declarações ainda não foram judicializadas e que “aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação”.
Há indícios que Deise tenha praticado outros envenenamentos, e outras exumações ainda podem ser realizadas. Segundo a RBS TV, filiada da Globo, a morte do pai de Deise, supostamente por cirrose, em 2020, pode ser investigada novamente.
A Polícia também pediu a coleta de material genético do filho e do marido de Deise, para apurar suspeita de um possível envenenamento contra eles também.
IGP analisará lanches levados por Deise para Sogra no hospital

Além disso, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul analisa, a pedido da Polícia Civil, se há arsênio em alimentos levados por Deise Moura dos Anjos para a sogra, Zeli dos Anjos, quando estava internada no hospital.
O material foi entregue pela família de Zeli à Polícia Civil após Deise visitar a sogra, que estava internada no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. A internação ocorreu depois que a família consumiu um bolo envenenado no feriado de Natal. Três mulheres morreram. Relembre os detalhes abaixo.
Zeli não chegou a comer os lanches, porque quem a acompanhava no hospital impediu. Ela teve alta na última sexta-feira (10).
Além de um pastel de padaria, outros itens também foram coletados e são investigados: quatro bombons, um chiclete, quatro barras de cereal, uma garrafa de suco de uva, um torrone, um biscoito de leite, além da garrafa do suco e do canudo.
De acordo com o IGP, a conclusão da análise não tem prazo para ser concluída, mas ainda não está descartada a possibilidade de conter o veneno em um ou mais desses alimentos.
Grupo de idosas de Arroio do Sal escaparam de possível bolo envenenado
A delegada Sabrina Deffente, responsável pela investigação, informou que Zeli Teresinha dos Anjos, autora do bolo que causou as mortes, inicialmente havia sido encarregada de preparar um bolo para um chá de mulheres de uma associação de terceira idade em Arroio do Sal. No entanto, o evento foi cancelado e ela decidiu utilizar a farinha em um encontro familiar, no qual infelizmente as vítimas consumiram o bolo envenenado.
Nota da defesa de Deise
As declarações divulgadas na coletiva de imprensa ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso, assim a Defesa aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação.
A Defesa já realizou requerimentos e esclarecimentos no inquérito judicial, referentes aos andamentos da investigação, aguarda neste momento decisão judicial.