A ESCOLA MARCÍLIO DIAS EM TORRES

"A escola Marcílio Dias completará no próximo ano, 100 anos. Estudei na escola quando ela ainda era no Morro do Farol. Em 1977, mudei com ela para o prédio onde funciona atualmente. Na época deixamos para trás uma escola antiga e sem condições de acomodar a quantidade de crianças que a cidade possuía" (texto por professor Roni Dalpiaz).

No passado, Escola Marcilio Dias funcionou no prédio no Morro do Farol (hoje abandonado), local que - posteriormente - abrigou também a Escola Cenecista
12 de abril de 2021

Recebi, de um leitor, várias provocações para escrever sobre temas de nossa cidade. Felizmente eu já havia escrito sobre todos os temas solicitados. Escrevo esta coluna desde o ano de 2008. Comecei escrevendo exclusivamente sobre turismo e quase que esgotei o tema de tanto que escrevi. Muitas destas colunas continuam atualíssimas, pois as coisas relacionadas ao turismo e as gestões municipais, mudam muito lentamente, quando mudam!

Um dos temas solicitado por este leitor, foi a escola Marcílio Dias ou Cenecista ou ex-escola ou ex-boate, esquecida na subida do Morro do Farol.

Aí está o que escrevi na época (não precisei atualizar muita coisa, só as datas).

 

“Em dois de setembro de 1942, foi realizada a inauguração da escola que recebeu o prédio novo e passou a se chamar Grupo Escolar Marcílio Dias. Localizava-se no alto do Morro do Farol. Esta foi a primeira escola pública Estadual do município de Torres com prédio próprio e definido para esta finalidade.”

A escola Marcílio Dias completará no próximo ano, 100 anos, seu prédio histórico terá 80 anos.

Estudei na escola quando ela ainda era no morro do farol. Mudei com ela para o prédio onde funciona atualmente. Na época deixamos para trás uma escola antiga e sem condições de acomodar a quantidade de crianças que a cidade possuía. Estávamos trocando uma casa antiga por uma nova e em condições de crescer e acolher ainda melhor as crianças e os adolescentes torrenses.

“No mês de setembro de 1977, a escola muda-se para um novo prédio localizado no atual endereço, Travessa Armando Torres, número 40. E dezembro de 1979, amplia a capacidade de oferta da escola à comunidade torrense passando a contar com o ensino de segundo grau completo e a se chamar Escola Estadual de 2º Grau.”

A escola que principiou na casa do vigário Lomônaco para mais tarde se estabelecer no alto do morro, estava de mudança novamente. Agora para a parte baixa, onde já tinha se mudado o próprio centro da cidade. Porém o que seria feito do antigo prédio?

No antigo prédio da escola da cidade se estabeleceu a Escola Comercial de Torres (depois Cenecista). Foram longos anos de funcionamento, sempre com grandes dificuldades, formando técnicos em contabilidade e mais tarde também em administração.

À duras penas a escola teve sua estrutura conservada. Mas, por algum motivo a escola fechou novamente.

Cada vez que subo o Morro do Farol vejo a antiga escola e seus fantasmas. Fechada, há anos, ela pede socorro. Suas pequenas e quadradas janelas já estão todas sem vidros. O mato já toma conta do entorno. Sabe-se lá como está por dentro.

O que será da velha escola?

O morro do farol tem um grande potencial turístico, ainda não é um produto turístico preparado para acolher os turistas de forma plena. Algumas coisas já foram feitas por lá. Outras ficaram só nas promessas eleitoreiras deste e de outros prefeitos que administraram a cidade. Já passou da hora de olhar para este local, está na hora de fazer algo concreto para a recuperação imediata deste prédio histórico. Tive informações de que o prédio estaria condenado, com poucas chances de ser recuperado. Será?

Em um lugar turístico, este prédio poderia ser aproveitado para muitas coisas relacionadas a esta vocação do município.

O prédio da velha escola poderia ser, por exemplo, um museu, uma casa de cultura, um centro de informações turísticas, um centro de pequenos eventos, ou tudo isso junto, ou ainda outras tantas utilidades que possa ter um prédio de valor histórico para uma cidade turística.

Autoridades, Vereadores, Investidores, Comunidade olhem para o alto, olhem para a torre Norte, o Morro do Farol, mas olhem com carinho para a velha escola

 

Fontes: FREITAS, Tiago Costa de (Org.). Memórias da escola, uma história de muitos. Torres: S.E., 2012. Foto jornal A Folha.




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