ASSIM ERA TORRES EM…

Recebi uma foto nestes dias e como não tinha muitos compromissos (devido ao coronavírus), decidi analisá-la com um pouco de cuidado e divertimento (por Roni Dalpiaz)

30 de março de 2020

Certamente você tem uma foto antiga aí bem pertinho de você.

Antigamente recorríamos ao álbum de fotografias da família, hoje é só olhar no celular, no computador, no tablet, na nuvem… que encontramos rapidamente qualquer uma que quiser.

Recebi uma foto nestes dias e como não tinha muitos compromissos (devido ao coronavírus), decidi analisá-la com um pouco de cuidado e divertimento.

Quem me repassou esta foto foi a minha mulher, que recebeu do meu cunhado, irmão dela, que por sua vez recebeu não sei de quem. Ele queria saber qual era a “coisa” mais antiga que ela conhecia em Torres.

Mas não valia a Guarita Salva-vidas da praia grande. Ora, pensou ela, existem diversas outras coisas mais antigas que a guarita salva-vidas em Torres. Só que ele queria dizer mais antiga, ainda existente, desde o ano em que eles vieram para cá (1980). Para ele a coisa mais antiga era o caminhão do vendedor de milhos que fica em uma esquina perto do Banrisul.

Aí a conversa rendeu.

Ela e eu começamos a torpedeá-lo de “coisas” bem mais antigas e que ainda estão aqui desde a chegada deles em 1980. O que me levou a datas, muitas datas, algumas não muito corretas, mas aproximadas.

A antiga foto era um novo começo de discussão.

De quando era aquela foto?

O que tinha de interessante nela?

A resposta para as perguntas eu não tenho, mas posso tentar “adivinhar” olhando com cuidado para ela.

Dá logo para reconhecer que trata-se da Avenida principal da cidade, a avenida Barão do Rio Branco, com a subida que se transforma em Rua 15 de novembro. Me parece já asfaltada, embora bem precário o asfalto que dá para enxergar.

No primeiro plano está, à direita de quem vê, o posto de gasolina Ipiranga e do lado oposto o prédio do antigo cinema da SAPT e a garagem dos moradores do edifício da SAPT.

Na parte baixa, do mesmo lado, está a sede do Banco do Brasil, na esquina. Também embaixo, só que do outro lado está o prédio do hotel Dunas Centro (Hoje De Rose).

Um pouco mais abaixo, agora na Barão do Rio Branco, à direita, dá para ver um pedaço do prédio da antiga Casa São Paulo e o hotel São Paulo. Mais adiante, na mesma direção, se enxerga ao fundo o Cine Ronda.

Estes são os principais prédios que aparecem em destaque na foto. Ainda se vê muitas casas particulares ao longo da avenida, o que quase inexiste atualmente. Eram pouquíssimos prédios altos nesta época.

Os carros que aparecem na fotografia são todos da década de 70, como Fusca, Brasília, Chevette e Kombi.

Analisando os detalhes como a placa do posto Ipiranga com a logomarca antiga (anterior a 1987), o ano de fabricação dos carros entre 73 e 78, a inauguração do hotel São Paulo em 1978, o Banco do Brasil já estava lá desde 1970, assim como o cine SAPT, que fechou apenas em 1988, chega-se à conclusão de que o ano aproximado desta foto esteja num intervalo entre 1978 e 1987. Porém, outros dados pessoais como o reconhecimento de alguns prédios e momentos vividos, nos levam a concluir que esta foto foi feita antes dos anos 80, reduzindo o intervalo para apenas dois anos: 1978 ou 1979. Eu ficaria com 1979, e você?

 

 




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