Deus será ainda brasileiro?

"Até os Papas sabem dessa história que Deus é brasileiro pois teria, na Criação, nos dotado  de um imenso paraíso tropical cheio de rios e cascatas deslumbrantes, um litoral sem fim, homens fortes e corajosos, mulheres lindas e de fibra.... mas a pandemia do COVID quebrou esta regra" (por Paulo Timm)

19 de março de 2021

Até os Papas sabem dessa história que Deus é brasileiro pois teria, na Criação, nos dotado  de um imenso paraíso tropical cheio de rios e cascatas deslumbrantes, um litoral sem fim, homens fortes e corajosos, mulheres lindas e de fibra. Desconhecemos os incidentes mais destrutivos da natureza que são terremotos e erupções vulcânicas devastadoras. E temos uma língua poética e a mais encantadora e variada música do mundo. E temos nós, brasileirinhos, em números que saltaram de 15 milhões em 1900 para 200 milhões no ano 2000, em grande parte mestiços e negros,  contorcendo-nos entre amores compulsivos, discriminações odiosas e uma luta incansável pela vida numa economia rica mas com poucos dividendos aos a constroem. Apesar dos deslizamentos de encostas nas aguadas de verão e de desastres com barragens em Minas Geral, além de tormentosas enchentes no sul, desconhecemos destruição em massa. Ela, por aqui, sempre foi seletiva,  preservando os brancos botões de rosa.

A pandemia do COVID quebrou esta regra. Está provocando uma verdadeira devastação, já tendo ceifado a vida de perto de 300 mil e prometendo dobrar essa aposta fúnebre dentro de alguns meses. Claro que ela também é seletiva. Açoita mais negros e pobres, mas não por preconceito, pela simples razão de que eles são mais e mais aglomerados nas suas casas, nos seus bairros, nos coletivos que os levam aos locais de trabalho, também concentrados, senão na aventura dos deliverys, quando  se acidentam, muitas vezes de morte. “Essa gente…” A COVID invadiu recentemente, também,  a rica região sul, com vigor inusitado no Rio Grande, que, com ¼ da população de São Paulo, faz o mesmo número de vítimas diárias. Há pânico em Porto Alegre. Horror no litoral norte, cujas verdadeiras taxas de ocorrência acabam de ser divulgadas por um Professor da URGS, Ricardo Sampaio Dagnino em programa de rádio web que faço diariamente – estacaodemocracia.com -. Vejam lá, com gráficos e tudo mais. Diante disso, o obstinado Presidente da República foi obrigado a dispensar seu Ajudante de Ordem para a Saúde, um general atrapalhado sem a menor consciência de seu ridículo papel e de sua incompetência. Agora pousa ao lado do futuro com-sorte até que arranjem um lugar no exterior pois gerou um conflito com o cerimonial. Tem menor investidura do que o Alto Comando mas precedência em “ocasiões”.

Entra agora um famoso médico, bem falante e vaidoso do novo título, que irá para um quadro vistoso no consultório, sobre o qual se depositam grandes expectativas sobre o futuro da Política de Combate ao Corona Vírus. Cauteloso, porém, ele já foi dizendo: Política Pública é com o Presidente, o Ministro executa. Uma paródia de avental do “Um manda, outro obedece”, de seu antecessor. A ser isso mesmo, não há que esperar muito do novo Ministro, a não ser loquacidade técnica diversionista. Começou mal.  A questão central que é a vacinação, continua na promessa: 100 milhões de doses até dezembro, quando o número de mortos andará perto do 500 mil, dentre eles cravos, rosas e madressilvas….  Sabe-se que ele não recomendará cloroquina, para tristeza do Presidente, mas até mesmo com os cuidados preventivos de afastamento, máscara e limpeza das mãos ele vai devagar, cercado por um meio de sustentação de seu cargo de  gênios que acham que “a situação é confortável” e que houve excessos de governadores e prefeitos que “ideologizaram” a questão do afastamento. Devem achar que a Primeira Ministra da Nova Zelândia é do PT. Biden, claro, está nas mãos dos comunistas americanos mancomunados com os chineses… Difícil tarefa lhe cabe. Daí a pergunta: Deus se cansou da nossa companhia? Dizem, agora, que tem os olhinhos puxados e promete transformar o Império do Meio no novo centro  do mundo. Será…?

 

 




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