Diante do cenário de desequilíbrio ambiental que se revelou nas últimas décadas, as atividades de industrialização, comercialização e consumo foram apontadas como as principais causadoras da agressão provocada ao meio ambiente.
Sensibilizados com esta situação, os governos e a sociedade representada por ambientalistas, Organizações Não Governamentais (ONGs), e cidadãos esclarecidos se mostraram mais conscientes e passaram a exigir mudanças nas atividades empresariais com o propósito de deixá-las mais sustentáveis e consequentemente menos poluidoras.
O marketing verde pode ser definido como a construção e a manutenção de relacionamentos sustentáveis com os clientes, buscando entregar e aumentar o valor ao cliente, baseando-se nas variáveis que integram o tripé da sustentabilidade: o ambiental, o econômico e o social.
O consumidor verde evita consumir produtos com impacto ambiental negativo; recusa produtos que utilizem espécies em extinção; procura certificados e selos verdes; observa se o produto é biodegradável; evita o uso de corantes e alvejantes; aceita pagar mais caro para ter garantias de qualidade ambiental; prefere embalagens recicláveis ou retornáveis; e evita produtos e embalagens não-degradáveis.
Assim, o Marketing verde é uma ferramenta que tem entre suas intenções e preocupações a sensibilização do cliente, modificando seu comportamento, ou um produto, ou um serviço através de um trabalho que gera mudanças no contexto ambiental, e social não basta atender as demandas e necessidades dos clientes, é necessário minimizar os efeitos negativos ao meio ambiente, ser sustentável. É uma ferramenta utilizada no processo de venda de serviços e produtos que possuem benefícios ambientais, este pode ser demonstrado na sua produção, no modo como foi embalado, na sua composição, no seu descarte e até na embalagem.
Muitas empresas desenvolvem projetos ambientais que envolvem pensar desde o início do projeto e criar produtos fáceis de recuperar, reutilizar e reciclar. O projeto ambiental não se limita apenas a auxiliar a sustentação ambiental, pode também ser altamente lucrativo. Infelizmente, muitos empresários ainda não perceberam que investir na sustentabilidade de sua empresa hoje significa garantir uma fatia de um novo mercado que está se configurando, formada por empresários que já entenderam que suas empresas precisam funcionar em harmonia com o planeta e por consumidores atentos a estas empresas no momento de suas compras.
Ainda existem empresários que atacam o conceito de empresas sustentáveis com base no argumento de que não competem aos líderes de negócios envolverem-se com temas ambientais ou sociais. A única obrigação dos gestores de empresas é maximizar o lucro dos empreendimentos.
Percebe-se, então, que o Marketing Verde não pode ser considerado somente um conjunto de técnicas voltadas para projetar e comercializar produtos que não prejudiquem o meio ambiente; é também uma forma de articular as relações entre o consumidor, a empresa e o meio ambiente. Assim, ao se adotar uma filosofia de Marketing Verde, deve-se ter em mente essa concepção macro do processo, onde a compreensão da importância da preservação do meio ambiente esteja impregnada em toda a organização, incluindo o comportamento cotidiano das pessoas que a integram.
Acredita-se que realmente o Marketing Verde pode influenciar na decisão de compra, pois além dos consumidores terem se tornado ambientalmente mais responsáveis, tem-se grandes empresas e governo também preocupados com essa questão.
O novo consumidor leva sim em conta a consequência que o seu produto adquirido irá impactar no ambiente, e as empresas que usam o Marketing Verde estão à frente das demais que ainda não se preocupam com essa questão uma vez que, uma empresa que utiliza tal marketing, na maioria das vezes já está consciente ambientalmente de sua responsabilidade em preservar o meio em que se vive e procurar maneiras sustentáveis de praticar a sua atividade.
