Nestes últimos dias algumas reflexões tomaram meus pensamentos. Essas reflexões tiveram origem em algumas mensagens que recebi tanto por whatsapp como no facebook e na igreja.
Primeiro com a gíria muito utilizada nas academias de musculação: “NO PAIN, NO GAIN”, que em sua tradução fiel significa “SEM DOR, SEM GANHO” e que refletindo sobre esta frase, podemos interpretar que qualquer ganho ou benefício deve ser conquistado pelo esforço pessoal. Ou seja, temos que pagar um preço pelas nossas conquistas, e de forma antecipada, assim, sem trabalho e sem dedicação não é possível alcançar vitórias.
Outra reflexão veio de um vídeo do Sadhguru Jaggi Vasudev, que fala que a coisa mais importante da vida, é estar vivo. Ele diz que todas as outras coisas são secundarias. Por exemplo a família não pode ser a coisa mais importante se você não estiver vivo, o dinheiro, o trabalho, o corpo, a mente, tudo depende de estar vivo. A morte faz parte da vida, e que a morte é a coisa mais eficiente que existe, pois quando ela chega, e com certeza um dia chegará, acaba todas as prioridades de um indivíduo. Ele alerta que o tic-tac de um relógio não indica o tempo ou as horas e sim sua vida, isto é, passados uns minutos significa que passou um pouco da sua vida. E finaliza: tenha cuidado com sua lista de prioridades, por que o importante é viver.
Outro vídeo que me chamou a atenção foi uma entrevista do ex-presidente Jose Mujica do Uruguai. Duas coisas me fizeram para é pensar. Primeiro que ele disse ser um homem sóbrio e que a sobriedade é uma das coisas mais importantes da vida. O termo “sóbrio” que muitos imaginam que se trata de não estar embriagado, na verdade no dicionário da língua portuguesa, tem o seguinte significado: qualidade, condição ou estado de quem ou do que é sóbrio, moderação, temperança e equilíbrio. E refletindo sobre este significado muito mais amplo do que muitos imaginam, realmente está talvez deva ser uma prioridade na vida das pessoas.
Nesta mesma entrevista ele define a pobreza citando Sêneca. “Me chamam de o presidente mais pobre do mundo, mas eu não sou um presidente pobre. Pessoas pobres são aquelas que sempre precisam de mais, aqueles que nunca têm o suficiente, porque estão num ciclo infinito. Escolhi esse estilo de vida austero, escolhi não ter muitas coisas, para que eu tenha tempo de viver como quero viver”. E continua: “Inventamos uma montanha de consumos supérfluos. Compra-se e descarta-se. Mas o que se gasta é o tempo de vida. Quando compro algo, ou você compra, não pagamos com dinheiro, pagamos com o tempo de vida que tivemos que gastar para ter aquele dinheiro. Mas tem um detalhe: tudo se compra, menos a vida. A vida se gasta. E é lamentável desperdiçar a vida para perder a liberdade”.
Mas vamos falar sobre Sêneca.
Lúcio Aneu Sêneca foi um dos mais célebres intelectuais do Império Romano. Conhecido também como Sêneca, o Filósofo, sua obra literária e filosófica, tida como modelo do pensamento renascentista.
Sêneca foi uma das pessoas mais ricas de Roma, estadista famoso e conselheiro do imperador. Em 41, foi acusado por Messalina, esposa do imperador Cláudio, de ter cometido adultério com Júlia Livila, sobrinha do imperador. Como consequência, foi exilado para a Córsega. No exílio, em meio a grandes privações materiais, Séneca dedicou-se aos estudos e redigiu vários de seus principais tratados filosóficos. Entre eles, “Consolos”, em que expõe os ideais clássicos de renúncia aos bens materiais em busca da tranquilidade da alma mediante o conhecimento e a contemplação.
Por influência de Agripina, com quem o imperador havia se casado, Séneca retornou a Roma em 49. Agripina tornou-o preceptor de seu filho, o jovem Nero.
Logo após a morte de Cláudio, ocorrida em 54, Quando Nero, aos dezessete anos, tornou-se imperador, Séneca continuou a seu lado, porém não mais como pedagogo e sim como seu principal conselheiro. Sêneca procurou orienta-lo para uma política justa e humanitária.
No ano 65, Séneca com 61 anos de idade foi acusado de ter participado da conspiração, na qual o assassinato de Nero teria sido planejado. Sem qualquer julgamento, foi obrigado a cometer o suicídio.
Assim finalizamos com um pouco de história e filosofia, que literalmente traduzindo do grego significa “amor pela sabedoria”.