Recebi um texto esta semana que me fez refletir um pouco, até por que estamos em ano de eleições e sempre paramos para pensar qual seria a escolha mais vantajosa para nós. Opah! Será que realmente pensamos no plural, ou seja, pensamos como sociedade, como nação ou pensamos no singular, o que é mais vantajoso para mim?
O texto fala que uma nação rica não tem relação direta com sua idade, por exemplo compara o Egito e a Nova Zelândia. Também fala de recursos naturais e compara o Japão e a Suíça, onde o Japão com 80% de seu território montanhoso é a segunda economia do mundo e a Suíça também com a limitação de seu território produz os melhores produtos derivados do leite do mundo.
Fatores raciais, religiosos, intelectuais, tecnológicos e políticos tem sua importância, mas não são os determinantes. O que determina o desenvolvimento de uma nação é sua cultura, o comportamento de seus cidadãos, a atitude e a vontade de seguir e ensinar princípios de funcionamento de uma sociedade justa e próspera.
Princípios como ética, integridade e responsabilidade. O respeito pela legislação e regulamentação, o respeito da maioria dos cidadãos pelo direito do outro. O amor ao trabalho. O esforço para poupar e investir. A vontade de ser produtivo. A pontualidade e o orgulho de cumprir com o seu dever.
Cultura significa todo o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro. Cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade.
Fatores culturais influenciam o comportamento humano e econômico de uma nação. As influências culturais podem fazer uma diferença considerável no trabalho sobre ética, comportamento responsável, motivação vigorosa, gestão dinâmica, iniciativas empreendedoras, disposição para assumir riscos e toda uma série de aspectos que podem ser cruciais para o sucesso socioeconômico.
Além disso, o funcionamento bem-sucedido de uma nação depende da confiança mútua e das normas implícitas. Quando esses modos de comportamento estão presentes em grande parte, é fácil ignorar o papel que desempenham. Mas quando elas devem ser cultivadas, essa lacuna pode ser um sério impedimento ao desenvolvimento e sucesso socioeconômico.
A cultura do comportamento está relacionada a muitos outros aspectos do sucesso de uma nação. Relaciona-se, por exemplo, com o fato de que a corrupção e o crime organizado perduram. Ou seja, a análise que os indivíduos se fazem é: o que é mais vantajoso para mim combater estes malefícios da sociedade ou participar deles. Por exemplo nas discussões italianas na comissão anti-máfia do Parlamento italiano, ou na Lava-jato no Brasil, qual o papel e o alcance dos valores implícitos.
Cultura afeta a percepção e comportamento, a maneira como percebemos as coisas é pelo preconceito, atitude e emoções, fatores intimamente relacionados à cultura. Ao rotular algo como bom ou ruim, nossas ideias preconcebidas têm um papel básico. Quando julgamos algo fácil ou difícil, a atitude e o nível de motivação que temos são fundamentais. A cultura a que pertencemos determina a estrutura do nosso pensamento, que influencia as percepções.
A cultura então passa a ser um marco para os nossos pensamentos e comportamentos. Ideias enraizadas na mente influenciam a maneira como vemos as pessoas e como reagimos a certas situações. Vários estudos mostraram que a cultura influencia a maneira pela qual nosso cérebro processa informações e responde a estímulos.
Ultimamente, a nossa cultura começou a redefinir seu papel vis-à-vis a economia e ao desenvolvimento. Não há dúvida sobre sua importância como indutor do desenvolvimento e da coesão social, seu papel relevante diante da questão da diversidade, da multiculturalidade pós-moderna, da integração das comunidades minoritárias, dos processos de igualdade de gênero ou da personificação de gêneros e dos problemas das sociedades urbanas e rurais marginalizadas.
Os setores políticos estão começando a perceber e reconhecer que a cultura desempenha um papel muito mais importante do que eles supunham e descobriram que decisões políticas, iniciativas econômicas e financeiras e reformas sociais têm muito mais chances de progredir com sucesso se simultaneamente a perspectiva cultural é levada em conta para atender às aspirações e preocupações da sociedade.