OPINIÃO: A CULPA É DA LAGOSTA?

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

5 de fevereiro de 2024
Por Fausto Júnior

Há alguns anos, mesmo após questionamentos do Ministério Público e sendo alvo de uma ação popular, o Supremo Tribunal Federal (STF) ignorou as críticas e decidiu acertar a compra de medalhões de lagosta e vinhos importados – para servir os convidados “ilustres” da corte (e os ministros e assessores também, é claro. Isto não é uma forma de ataque escrachado contra a democracia?

 

ROMBO É O SINAL DO CAMINHO PARA O FUNDO DO POÇO DO BRASIL

 

Depois de o governo brasileiro fechar 2022 no azul, em R$ 122 bilhões (Positivos), em 2023 Lula e Haddad criaram um rombo de R$ 230,5 bilhões (negativos). A diferença é de 352 bilhões no placar da irresponsável decisão do governo de abrir o cofre e colocar a chave fora.

Trata-se do segundo maior déficit da história (sem contar o ano de 2020, quando a pandemia forçou o Brasil e outros países a gastos extraordinários). Perde apenas para 2015, quando Dilma e Mantega produziram um resultado negativo similar: 230,6 bilhões (em valores corrigidos pela inflação).

Durante o governo Dilma, boa parte da gastança se destinou a grandes empresários que prestavam favores ao governo, via empréstimos subsidiados do BNDES.  É o que Lula, conforme anunciou na semana passada, planeja fazer.  Paralelo a isto, o governo mostra que gasta seu dinheiro em aumento de despesas correntes como mais ministérios, mais servidores, etc. E trabalha para aumentar impostos, intervir na liberdade de mercado (como definir taxas de juros máximas ou retirar possibilidade de compradores poderem parcelar pagamentos e etc.).

Este é o temporal perfeito para levar a nação ao fundo do poço. Retira-se liberdades de quem produz valor e investe-se dinheiro em secação de gelo.

Ah… E a lagosta com vinho continua rolando, acho eu. Cláusula pétrea.

 

CURTAS

 

  • O Estado do RS divulga na capa de sua página que, a partir desta quinta-feira (1/2), as taxas de juros para consignações feitas por servidores do Executivo estadual passarão a ter um limite estabelecido pelo Tesouro estadual. Mais uma intervenção do Estado na economia, e em nome do servidor público, o que faz com que a conta (juros mais altos) para compensar esta intervenção seja paga pelo simples vivente que não é servidor, como sempre… Não existe almoço grátis.
  • Na mesma capa do site do governo do RS, a manchete é esta: “Contas públicas do Rio Grande do Sul encerraram o exercício de 2023 com resultado positivo”. Só que não… No texto, o governo Leite informa que o feito teve ajuda das privatizações da Corsan e adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ou seja:  sem privatizações – venda de patrimônio – o governo não teria superavit.  Muito tem que ser feito na máquina do governo do RS para que seja gerado superavit REAL.
  • Privatização é o caminho, mas os recursos não podem ser utilizados para formatar resultado. É o mesmo que um vivente vender sua casa na praia ao optar por um sistema mais barato de alugar imóveis por umas semanas, afirmar que ganhou mais rendimentos de trabalho no ano da venda. Ai até vendedor de bolacha que come o mostruário para matar a fome será chamado de empreendedor…
  • Se a prefeitura de Torres convidasse um canal de TV para se instalar na beira da praia e fazer suas matérias da pauta do veraneio, com imagens da cidade (naturalmente por estar aqui), como já ocorreu em tempos atrás com a TV Bandeirantes (que se instalou em cima do bar Abrigo), teríamos mais chance de divulgar para o estado as melhorias implantadas no ambiente de veranismo, além de poder divulgar outros atrativos, como o Parque Itapeva, o Turismo ecológico Raízes Rurais, dentre outros. O próprio local do Abrigo – na esquina da Praia Grande com a Prainha, poderia ser utilizado… Olho no lance!
  • O projeto de revitalização da beira do Rio Mampituba está ficando excelente, do ponto de vista turístico. Trata-se de um novo momento da infraestrutura do Turismo da cidade. Parabéns ao prefeito Carlos Souza!
  • Uma blitz do governo de Torres, em conjunto com a BM deveria ser realizada para diminuir o barulho de escapamento de motocicletas e carros que trafegam sistematicamente na avenida beira Mar, fazendo com que quem está ali (caminhando, morando ou trabalhando) tenha de se interromper o que se fala, pensa ou ouve por conta do tamanho do estrago destes barulhentos. As motos e carros são fáceis de serem identificados na maioria das vezes. São os mesmos e geralmente, se exibem bastante sábados e nos domingos à tarde.  Multa & Guincho neles!
  •  A entrada da Praia Estrela do Mar não é só para Estrela do Mar. Moradores e veranistas que possuem casas nas praias Weber, Recreio e até parte de outros trechos das interpraias acabam tendo de utilizar a entrada do acesso do aeroporto. A prefeitura afirma que não pode pavimentar porque a entrada da Estrela do Mar não existe oficialmente, não está registrada na urbanidade. Mas basta regularizar. É muito carro que utiliza o trecho de terra batida, que, diga-se de passagem, segue com uma avenida que foi muito mal pavimentada por pedra irregular. Deveriam chamar o empreiteiro e mandar fazer de novo de tão ruim que é: quase intrafegável.  De bicicleta, o vivente mais idoso deixa cair a chapa dos dentes no chão, como brincava o vereador Dê Goulart.
  • Ridícula a situação dos quiosques que estão localizados nas praias do sul de Torres. Recebem multas da prefeitura, por fazerem reformas após sofrerem estragos por conta dos temporais e, ainda, não sabem se não sofrerão um pedido de demolitória por processos ambientais, estes que surgem do Estado do RS e do Brasil. Três poderes contra os coitados dos proprietários.
  • Sobre quiosques, acho que eles deveriam ter, sim, um plano de uso público mais rígido, com protocolos para despejo de lixo, esgoto, limpeza e postura (sem propaganda). Mas pedir a demolitória, me parece um radicalismo sem fundamento.

 




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