A minha opinião sobre a decisão do Copom (banco Central) de aumento da taxa Selic é que era esperada, porque se trata de uma espécie de remédio para uma doença que está incrustrada no sistema político dos governantes do Brasil. Penso que enquanto não houver uma efetiva busca de fugir dos déficits nos balanços do governo do Brasil e de muitos estados brasileiros, haverá criação de moeda sem produção proporcional, a causa principal da inflação, que nada mais é do que ter mais oferta de dinheiro do que trabalho para o fazer este dinheiro ter lastro.
O remédio “politicamente correto” no país usado para combater a inflação é o de baixar o consumo através do aumento das taxas de juros, engessando investimentos e projetos de riscos das empresas que buscam o contrário, vender mais para serem mais competitivas, fora as falências… Mas isto é um engodo. Mais ainda problemático é a necessidade de o governo ter de manter a taxa de juros acima da média mundial para atrair rentistas agiotas mundiais, que para colocar seus dólares no Brasil têm que ter uma taxa atraente de rendimentos no sistema bancário brasileiro, sistema bancário este que negocia diariamente a dívida interna brasileira ( governos) e tem que ter investidor no outro lado para captar estes recursos para o financiamento da quebra do fluxo de caixa nacional diariamente, mesmo que este dinheiro custe uma enormidade para os cofres públicos pela cobrança dos juros altos causados pelos juros mais altos de captação ocasionados pelo aumento da Selic. Uma tempestade perfeita… e sustentável.
O Brasil está viciado em tomar empréstimo diariamente para rolar sua dívida. E o caminho para se abster desta droga viciante é resolvendo o problema da base: não gerando mais déficit e sim superavit. Mas superavit como resultado de produtividade e não de aumento de imposto como foi historicamente na nação.
OPINIÃO -BRASIL É VICIADO EM PEGAR EMPRÉSTIMO
Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil


Fausto Junior