OPINIÃO – PRIVATIZAÇÃO É COLOCAR A EMPRESA NO SEU LUGAR: NO SETOR PRIVADO

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

1 de dezembro de 2021
Por Fausto Júnior

 

DEBATES SOBRE PRESIDENCIÁVEIS E SITUAÇÃO DO EX-PRESIDENTE LULA

 

O vereador Moisés, do PT, costuma abordar assuntos da política NACIONAL em seus pronunciamentos, o que é de direito, embora seu cargo não lhe de poder de agir neste sentido. E na sessão da Câmara do dia 22 passado, o vereador, dentre outros desabafos contra o governo Bolsonaro, o qual costuma criticar de forma contundente, Moisés disse que as causas judiciais contra o ex-presidente Lula teriam sido “somente uma estratégia orquestrada contra o ex- presidente para ajudar a eleger o atual presidente Bolsonaro e para colocar o antão juiz Sergio Moro no Ministério do governo federal” (como aconteceu), portanto colocando o ex-presidente Lula numa posição de vítima ao invés de réu, o que ele efetivamente o é.

Em minha opinião o debate contra um governo e a favor de outro é uma das coisas mais importantes na política. Ela pode (e deve) ser tema de discussão em todos os âmbitos. Mas opino sobre a real situação do ex-presidente Lula: Ele foi condenado em duas instâncias em processos com acusações de crimes diversos e inclusive já esteve preso por isso. O Lula só foi liberado da pena sob a aceitação do STF, que defendeu que no caso dele as ações deveriam ser julgadas na terceira instância e na corte maior antes de a pena ser obrigatória.

Depois o Mesmo Supremo Tribunal Federal considerou a comarca de um dos processos estar errada (por ter sido em Curitiba) e também considerou o juiz Sérgio Moro suspeito de ter sido o juiz da causa – na 1ª Instância, o que anulou o processo de forma burocrática, mas que não tira de forma alguma as acusações e as diligências dos processos, que deverão agora ser JULGADOS por uma nova comarca da Justiça Federal, portanto não estão extintos, estão passando por em novo tramite por ordem maior. Lembro que o tema já passou por outra instância e que o Ex-presidente foi condenado, ou seja, pela 2ª instância, num tribunal que além de ser de uma TURMA de desembargadores não continha o Juiz Moro no grupo.

Portanto em minha opinião não foi uma manobra contra Lula suas condenações. Manobra são as dos advogados de Lula, que utilizaram o relativismo das leis brasileiras e conseguiram mudar os rumos por questões BUROCRÁTICAS, isto para permitir que Lula concorra na eleição de 2022.  Mas os processos vão ser julgados de novo.

 

PRIVATIZAÇÃO É COLOCAR A EMPRESA NO SEU LUGAR: NO SETOR PRIVADO

 

O mesmo vereador Moisés Trisch, sempre fiel às suas bandeiras (como a da defesa de empresas estatais), também criticou o prefeito de Torres por este defender a privatização da Corsan. Moisés justificou sua crítica fazendo uma analogia com empresas privadas como a torrense Torrescar (de ônibus). Para ele, se o fato de uma empresa ser privada é a solução de seus problemas, a Torrescar (que é privada) não teria os problemas que, como disse o vereador Moisés “às vezes apresenta”.

Embora respeite os que apoiam empresa pública de forma incondicional (incluindo o vereador Moisés), mesmo achando que as provas por todo o mundo indicam que elas sempre dão prejuízo e utilizam de coerção estatal como forma de resolver seus problemas, acho que comparar a Corsan com a Torrescar não é uma analogia didática. A Corsan é uma empresa Estatal que foi e continuaria sendo consumida por si só através de geração de despesas sem sustentabilidade de mercado, mazela que a descapitalizou a tal ponto que não possuía sequer saúde para concorrer numa licitação com concorrentes privados porque não tinha saúde para fazer os investimentos necessários numa licitação da gestão de água. Este diagnóstico causado pelo parasitismo político e coorporativo é o diagnostico de todas as estatais, principalmente àquelas que  possuem direcionamentos políticos para não terem concorrência, como foi o setor da água no Brasil até poucos anos atrás.

 

PRIVATIZAÇÃO É COLOCAR A EMPRESA NO SEU LUGAR: NO SETOR PRIVADO II

 

Já a Torrescar é uma empresa PRIVADA, mas que deve obedecer a uma concessão pública, o que é outra intervenção estatal que acaba terminando com a saúde e a competitividade das empresas. A Torrescar e seus problemas podem (e devem) ser comparados com a relação entre os TAXIS nomeados e CONCEDIDOS pelos governos municipais e as empresas de transporte por Aplicativo, como Uber ou 99, por exemplo. Em Porto Alegre a diferença das corridas de taxi tinha preços enormemente maiores e qualidade enormemente menores se comparados s com os preços e a qualidade da mesma corrida em s carros por aplicativo, justamente porque o negócio foi formatado pagando taxas para o governo (licenças de alvará para operar uma placa de taxi), pagando taxas adicionais anuais e submetidos a preços autorizados pelos governos.

Se a Torrescar não fosse obrigada a dar passagem grátis para idosos, policiais, e dar descontos para estudantes e para outras categorias, com certeza ela não teria que diminuir seus trajetos ou eliminar rotas como atualmente o faz e gera reclames da população.

E se o transporte municipal de ônibus abrisse para a liberdade de entrada de outros modelos de negócio para oferecer transporte em troca de cobrança de pagamento como os aplicativos de carros, haveria ônibus, vans e outros meios de transporte coletivo para todos em Torres. A parte de subsídio, a prefeitura pode fornecer em bilhetes ou crédito para cidadãos que são considerados especiais como os idosos e outros. O ônus disto é somente a falta de mando do poder público e poder de coerção para definir regras artificiais num mercado que deveria ser naturalmente atendido pela lei da oferta e procura para dar liberdade de empreender e de escolher seu transporte de todos.

 

PRIVATIZAÇÃO É COLOCAR A EMPRESA NO SEU LUGAR: NO SETOR PRIVADO III

 

Empresa Estatal já nasce errada. Empresa é coisa para ser dirigida por um ambiente competitivo. E o saudável no setor público é eliminar ao máximo a intervenção no mercado para deixar que os serviços PRIVATIZADOS sejam melhores e mais baratos, o que é ocasionado pela competição.

Mas respeito os que acham que o certo é o outro viés, o de ter a maioria das coisas estatizadas, como os militantes da esquerda na maioria acham.  Só lamento dizer que é quase nula a influencia de casos de empresa Estatal no mundo que deram certo e que não seja um oligopólio. A empresa pública paga MAIORES SALÁRIOS e dão mais benefícios para os servidores; cobram menos do que deveria cobrar por seus serviços por conta de influências políticas, o que parece ser bom. Mas elas quebram justamente por isso, a falta de critérios técnicos entre os valores de mercado dos recursos humanos e dos serviços de sua sustentabilidade econômico-financeira. A lei da oferta e procura deve sempre mandar na definição dos valores das coisas.

Para baratear preços o setor público deve fomentar o mercado para que haja concorrência. E para propiciar melhores salários para o povo, o poder público deve fomentar que negócios que pagam mais salários (por conta dos trabalhadores gerarem mais valor) para que operem em seus ambientes, municipais, estaduais e nacionais.

 

 

 

 

 




Veja Também





Links Patrocinados