OPINIÃO – Veraneio e a Situação da população de rua em Torres

De acordo com o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/POLOS-UFMG), o número apurado em dezembro de 2024 é 14 vezes superior ao registrado onze anos atrás, no que tange justamente às pessoas vivendo nas ruas no país.

Foto meramente ilustrativa (free public domain photo in Rawpixel - ID : 5946708)
20 de janeiro de 2025

Com a chegada do verão a população em situação de rua em Torres cresce significativamente, pois, nesta época vem para a cidade pessoas em busca de melhores condições de vida. Nesta temporada, no entanto, notamos que o número de pessoas vivendo em situação de rua aumentou em Torres, assim como em todo o Brasil. De acordo com o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/POLOS-UFMG), o número apurado em dezembro de 2024 é 14 vezes superior ao registrado onze anos atrás, no que tange justamente às pessoas vivendo nas ruas no país.

O levantamento foi feito com base nos dados do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne os beneficiários de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e serve como indicativo das populações em vulnerabilidade para quantificar os repasses do governo federal aos municípios

De acordo com o coordenador do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, André Luiz Freitas Dias, o aumento desta população pode ser explicado pelo fortalecimento do CadÚnico como principal registro desta situação e de acesso às políticas públicas sociais do país e também pela ausência ou insuficiência de políticas públicas estruturantes voltadas para essa população, tais como moradia, trabalho e educação. O levantamento apontou ainda que sete em cada dez pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental e 11% encontram-se em condição de analfabetismo, dificultando o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades.

Em Torres, temos alguns imóveis públicos e particulares sem uso sendo depredados e vazios… talvez em número  bem superior à quantidade de pessoas em situação de rua que vivem atualmente nas ruas da cidade. Se há crescimento na população em situação de rua e uma grande quantidade de moradias ociosas no município e em todo o país, me parece que isso significa que “está faltando interesse político para resolver o problema”.

Se nós temos estes prédios ociosos na cidade de Torres enquanto o número de população em situação de rua ainda é relativamente pequeno, pode-se pensar que se fosse feita uma reforma nesses prédios, tornando-os habitacionais, nós teríamos resolvido uma boa parte dessa demanda, tirado essas pessoas da situação de rua. Isso tornaria muito mais barata a questão da moradia do que o custeio com albergue e outras questões que o governo busca fazer para tentar solucionar o problema e que nunca consegue solucionar.

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Torres não sabe o exato o número e dados sobre a quantidade de pessoas vivendo nas ruas do município, mas informou que, no ano passado, os recursos do Fundo Municipal de Assistência Social destinados foram alocados pela gestão municipal em serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.

O aumento dos moradores de rua triplicou seu ritmo nos últimos anos. Em outras palavras: o crescimento da população registrada dessa forma tem sido três vezes mais rápido, desde que Lula iniciou seu terceiro mandato como presidente, que tem dois Ministérios que poderiam detectar as possíveis causas dos números,  o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que deveriam ter dados de registro das famílias em situação de rua e das pessoas em situação de rua. Mas, segundo o próprio governo, cerca de 92% das famílias registradas como em situação de rua são classificadas como “unipessoais”, isto é, de uma só pessoa. Somente 8% dos moradores de rua no Brasil estão acompanhados de familiares.

 

GETULIO VARGAS – Moradores do bairro pedem solução referente as águas que ficam represadas na Rua Alexandrino de Alencar, em todos os cruzamento;  Solicitam que seja feita a sinalização e colocação de redutores de velocidade na Rua Manoel Fortunato de Souza, na qual vem acontecendo acidentes diversos; Reivindicam providencias para solucionar o problema do vazamento de esgoto na Rua Pará; solicitam a colocação de redutores de velocidade nas Ruas na  Alexandrino de Alencar, Rua José Osório Cabral e Rua Manoel Fortunato de Souza. Solicita ao Poder Executivo providências quanto a manutenção, limpeza e pintura de meio-fio da Rua Manoel Lima Pôrto;  limpeza da rede coletora das águas pluviais, dos bueiros e bocas de lobo na Rua Manoel Fortunato de Souza, em toda sua extensão.




Veja Também





Links Patrocinados