QUEM É ESTE CIDADÃO? Nomes de ruas em Torres (parte 3)

Mais um pouco da história das pessoas que emprestam seus nomes às ruas da cidade

14 de abril de 2024

Rua Maestro Antônio João Ramos

O Maestro Antônio João Ramos  fundou sua banda, a primeira em Torres, em 1916 e era composta por 16 músicos, sendo destes seis filhos seus. A banda recebia da municipalidade torrense uma ajuda mensal de noventa mil réis e seus instrumentos foram doação também do município. O fardamento foi doado por Antônio Chaves Barcellos (Nico Chaves) e consistia de um na cor verde oliva e outro na cor branca (gala). Antônio João Ramos era alto, de fala macia e meio cantada. Com a morte trágica de seu filho Alziro em meio a uma pesca de miraguaia no pesqueiro da torre do meio, o velho maestro ficou muito abalado. Em poucos anos o maestro envelheceu muito e morreu.

 

Rua Manoel Fortunato de Souza

O torrense Tenente Coronel Manoel Fortunato de Souza foi o presidente da primeira Câmara Municipal de Torres (22/01/1879) e exercia as funções executivas de prefeito. Antecipando-se à Lei Áurea, libertou os escravizados em 1884, no município. Restaurou o município em 1890, que havia sido extinto em 1887.

 

Rua José Luiz de Freitas

Torrense conhecido como “seu Zeca Balbino”, filho de Balbino de Freitas, o primeiro dono de “venda” da cidade, morava ao lado do hoje conhecido como prédio da Dona Berta, seus filhos eram  Renato, Juco, Bino e Getúlio. Na sua casa funcionava o primeiro banco de Torres, onde ele era funcionário e exerceu a profissão até se aposentar.

 

Rua Saldanha da Gama

Luís Filipe de Saldanha da Gama ou Almirante Saldanha da Gama, como era mais conhecido, nasceu em Campos dos Goytacazes, em 07 de abril de 1846 e faleceu em 24 de junho de 1895 em Campo Osório, no Rio Grande do Sul. Foi um militar da Marinha brasileira.

 

 

Rua Aragão Bozano

Bozano, está ligada à revolta tenentista do início da década de 20, que se caracterizou pela insatisfação da jovem oficialidade do exército com a corrupção e incapacidade dos políticos tradicionais. Júlio Raphael Aragão Bozano faz parte dessa história como um combatente das forças revolucionárias de Luís Carlos Prestes.

 

Rua Manoel José de Matos Pereira

Foi eleito  intendente pelo Partido Republicano assumindo em 06 de fevereiro de 1913. Foi reeleito, com a ajuda do famoso Cel. Pacheco, em 1916 tendo mandato até 1921. Fiel correligionário de Cel. Pacheco, Manoel tinha como seu vice o Cel. Pacheco e em 1918 Manoel foi nomeado Juiz Municipal e teve que renunciar ao mandato. Cel. Pacheco voltou ao comando do município até terminar o mandato de Manoel.

 

Rua Ernesto Alves

Ernesto Alves de Paula foi um advogado, jornalista e político brasileiro. Filho de Manuel Alves de Oliveira e de Rafaela Azambuja, em 1873 mudou-se para Porto Alegre para estudar no Colégio Gomes. Formou-se em 1883, pela Faculdade de Direito de São Paulo, retornando ao Rio Grande do Sul.

 

Rua 21 de Maio

Apesar de não ser um personagem de “carne e osso”, o dia 21 de maio é a principal data da cidade de Torres, pois é a data da sua emancipação. Em 21 de maio de 1878, Torres foi elevada à categoria de Vila (algo equivalente a município de hoje), desmembrando-se de  Conceição do Arroio (Osório) e utilizando o nome de São Domingos das Torres. Em 1887 a Vila de Torres foi extinta e voltou a ser anexada à Conceição do Arroio. Somente em 1890, foi novamente elevada à categoria de município, agora com o nome de Torres, pelo decreto estadual número 62 de 22 de janeiro de 1890.

 

 

Rua Leonardo Truda

 

Francisco Leonardo Truda, jornalista e um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico do Rio Grande do Sul. A obra foi inaugurada em 17 de novembro de 1956 na Praça da Alfândega em cerimônia com discursos de Cilon Rosa. A localização da obra dentro do logradouro público tem importância pois é de frente onde funcionou a antiga sede do jornal Diário de Notícias. Leone Lonardi assina o trabalho, sendo que originalmente existiam na base do pedestal uma pilha de jornais em bronze, sendo estes roubados em agosto de 1999 (ALVES, 2004).

 

Rua Egídio Michaelsen

Egídio Michaelsen (São Sebastião do Caí, 27 de fevereiro de 1908Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1972) foi um político brasileiro. Em 1935 disputa a prefeitura de São Sebastião do Caí pelo partido de âmbito municipal União dos Filhos do Cahy, permanece à frente do município de 1935 até 1944, mandato este que foi estendido pelo advento do Estado Novo em 1937, quando Getúlio Vargas o confirma como seu homem de confiança em Caí. Em 1947 elegeu-se deputado à Assembleia Constituinte do Rio Grande do Sul, pelo PTB. Ocupou uma cadeira na Câmara Federal de abril de 1951 a março de 1952, quando foi nomeado secretário do Interior e Justiça do Rio Grande do Sul pelo governador Ernesto Dornelles. Foi ministro da Indústria e do Comércio do Brasil no Governo João Goulart, de 27 de junho de 1963 a 31 de março de 1964.

 

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Os próximos personagens da história torrense precisam de uma pesquisa mais aprofundada, porém tenho algumas informações sobre eles e vou deixar aqui destacadas para posterior alteração.

 

Rua Alfiero Zanardi

Empresário do Turismo, fundador do Farol Hotel. Pelo que se sabe, comprou o hotel do empresário Oscar Raupp e mais tarde vendeu aos irmãos Ênio e Jaime Pozzi.

 

Rua Capitão Jovino

Proprietário do Hotel Cruzeiro, localizado na esquina da Joaquim Porto com José Picoral.

 

Rua Sirilo Sartori

Empresário dono de um dos hotéis mais antigos da cidade, o Hotel Sartori. Caxiense de família importante na serra gaúcho e uma das primeiras famílias que vinham para o litoral realizar os banhos terapêuticos anuais.

 

Rua Joaquim Porto

Filho do Tenente Ricardo Ferreira Porto, portanto neto do famoso alferes Manoel Ferreira Porto.

 

 

Fontes: Moradores da Rua Júlio de Castilhos, Maria Helena Lima da Silva. Remembranças de Torres, Guido Muri. Torres Origens, Ruy Ruschel.

 




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