Bom formato o idealizado pela prefeitura para no final viabilizar que uma empresa de produção de eventos realize em Torres dois shows a mais, bem no período de virada de ano. O resultado é o que o turismo local terá quatro shows populares entre o Natal e o dia 6 de janeiro. Dois contratados pela própria prefeitura, (Natal e Ano Novo) – que são gratuitos para os visitantes e moradores; e dois viabilizado pela parceria, dias 29 de dezembro e dia 6 de janeiro, estes com cobrança de ingresso pela produtora.
A prefeitura alugou com preço competitivo, o Parque do Balonismo, para que a empresa monte seus shows no espaço. Ou seja, os cofres públicos não tem despesas (tem até receita de aluguel) e os shows acontecem, criando mais atrativos de entretenimento na cidade no período.
Parabéns aos envolvidos. Trata-se de uma receita que poderia ser repetida em outros vários casos. Estamos vendendo a cidade para que as pessoas invistam em shows e tragam público para Torres, o que movimento hotéis, restaurantes, alugueis de casas e aptos, comércio e serviços. E é isto que traz divisas para a cidade para que os torrenses gastem as mesmas no comércio durante todo o ano, a receita da economia baseada no turismo, a nossa.
PRIORIDADE NA VACA LEITEIRA? TEM QUE FALAR ‘COM OS RUSSOS’
O prefeito Carlos Souza, no evento de lançamento dos shows afirmou que a comunidade e a imprensa devem apoiar a decisão de seu governo em priorizar os investimentos estruturais em equipamentos que melhoram ou acrescentam alternativas para que mais turistas e turistas mais qualificados (que gastam mais e ficam mais tempo na cidade) venham para Torres. Concordo, só que tem que “falar com os russos.”
Falar com os russos é uma forma usada na política para se exemplificar a necessidade de explicar para os moradores (e políticos opositores) – que não sobrevivem do turismo na cidade esta prioridade: investir na “engorda da vaca leiteira” (o Turismo) para que a mesma vaca tenha mais e melhor leite para o povo, leite que representa emprego & renda.
Muita gente não se dá conta que está empregado e sobrevivendo profissionalmente em Torres por conta do Turismo, do Veranismo, e da Construção Civil ligada ao segmento, mesmo que diretamente não veja uma ligação de seu trabalho com esta parte da economia local.
Comerciantes de bairros e do centro que vendem seus produtos para os moradores e não dependem da venda para o turista, na verdade só tem vendas porque quem vendeu para o turismo (como empregador ou empregado) tem dinheiro para, como morador, comprar no comércio local durante todo o ano. Se não houver entrada de dinheiro do turismo, não terá dinheiro circulando na cidade, pelo menos a mais (divisas), o que geralmente cria um ciclo vicioso recessivo, pior para TODOS.
Um servidor Público que trabalha para qualquer poder e qualquer instância do estado, da nação e do município, também só conseguiu ter seu emprego por conta do desenvolvimento da cidade pelo turismo. Se isto parar ou diminuir, os serviços deverão ser diminuídos também… Ou não?
Mas a prefeitura tinha de ter uma forma de explicar isto mais vezes. Uma espécie de campanha da “Pátria Torres e seu sustento” (o turismo) poderia estar na grade de comunicação social da municipalidade.
CURTAS
- O vereador Igor Beretta (MDB) teve reunião com um secretário do governo do RS para que Torres possa receber R$ 2 milhões para encerrar o asfaltamento da Estada dos Cunhas. Um grande apoio já que falta um pedaço e parece que a prefeitura tem problemas burocráticos para a continuidade.
- Já o vereador Negrini (sem partido) anuncia (comemorando) que a prefeitura vai castrar mais de 800 animais (entre cães e gatos). Trata-se de uma campanha que está sendo viabilizada com apoio de emendas individuais dos vereadores ao orçamento, incluindo o seu Gabinete junto com os gabinetes dos colegas Moisés Trisch (PT) e Dílson Boaventura (MDB), todos defensores da causa animal. Deve sair em novembro.
- O vereador Moises Trisch (PT) sugere que seja realizada a Conferência Municipal de Educação para que seja feio a seguir o Plano Nacional de Educação. Trata-se de uma adaptação dos municípios necessárias para que o governo Federal libere mais verbas (ou menos) para as cidades, uma espécie de planejamento estratégico, de cima para baixo do governo do Brasil.
- O vereador Gimi sugeriu que vereadores da Câmara liberem parte de suas emendas individuais também para ajudar a prefeitura na Operação Tapa-Buraco, assunto de fortes reclamação dos mesmos vereadores, onde eles pedem procidências às buraqueiras nas ruas.
- O Vereador Dílson Boaventura comemorou a chegada do período de verão principalmente pela possibilidade de gerar emprego para muitos torrense que, conforma afirma, estariam desempregados na cidade.
- O vereador Cláudio Freitas pede que a prefeitura de Torres examine a possibilidade de implantar um serviço de deslocamento para atletas que competem representando Torres em outras cidades. Ele deu exemplo do vizinho município do Passo de Torres que já estaria oferecendo esta espécie de ajuda aos atletas locais.
