No dia 21 de novembro, em Osório, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba (CGB Mampituba, ou Comitê Mampituba), acompanhado, dos CGBs Araranguá e afluentes do Rio Mampituba, CGBs dos Rios Tramandaí e Sinos, participaram das apresentações e da “mesa redonda” sobre a importância dos Comitês e as atividades de Educação Ambiental.
Destino de óleo de cozinha e plantio em matas ciliares
Em sua participação, a presidente do comitê da região de Torres, Maria Elisabeth da Rocha, palestrou no evento ao abordar, do histórico até a conclusão, o Plano de Bacia do Mampituba realizado nos anos de 2022 e 2023, além da aprovação junto ao Conselho de Recursos Hídricos do RS, e do Enquadramento dos usos da água da mesma bacia.
O secretário do Comitê Mampituba, professor Christian Linck da Luz, a seguir abordou o Projeto de Educação Ambiental “Óleos para o futuro” – desenvolvido nas escolas locais com a temática do acondicionamento adequado do óleo de cozinha usado, que pode ser utilizado em outras atividades, e para evitar que seja descartado na pia da cozinha ou na descarga do banheiro. O objetivo é mitigar o impacto deste despejo, que tem um grande potencial poluidor, enquanto o óleo pode ser reciclado através dos pontos de coleta.
Outra atuação prioritária do comitê, abordada no evento, foi referente às ações de recuperação ambiental através do plantio de mudas de árvores nativas em áreas de nascentes e áreas de preservação permanente (APPs), como, por exemplo, nas matas ciliares (junto à margem dos rios) para garantir melhor permeabilidade e evitar inundações, programa este também repassado para as Escolas da Região da Bacia Hidrográfica.
O destaque nas falas dos outros conselheiros de Comitês ficou para a necessidade de cobrança pelo uso da água dos rios, medida que teria efeitos positivos no trabalho de controle nas bacias hidrográficas. É que isto possibilitará maior autonomia dos Plano de ações efetuados junto aos comitês, especialmente frente ao que os presentes afirmaram ser um “abandono da manutenção financeira de todos os Comitês de Bacia existentes, no mínimo nos últimos três anos, pelo Governo”.
Da formação dos comitês as dificuldades recentes
Ainda dentro dos debates, foi recordada a formação dos Comitês de Bacia do RS nos anos 90, quando estes foram os precursores de novos modelos de Gestão dos Recursos Hídricos a serem utilizados em todo o país.
O grupo, no entanto, lamenta a situação nos últimos anos de trabalho nos mesmos comitês, cujo papel estaria sendo diminuído (segundo os representantes do Comitê Mampituba) pela postura de negacionismo e desmobilização dos gestores estaduais e federais. “Felizmente, temos pessoas formidáveis liderando voluntariamente alguns CCBs, o que nos permite ainda dar continuidade as estas ações socioambientais maravilhosas abordadas neste Fórum” finaliza a representação do Comite Mampituba e parceiros.