No dia 26 de março, o prefeito de Dom Pedro de Alcântara, Xande Model – acompanhado da engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Tatiana Vahl Bohrer, e do agente de endemias Sandro Webber – realizaram uma visita ao Município de São João do Itaperiú, situado próximo ao litoral de Santa Catarina, para conhecer de perto o ativo biológico empregado no combate à proliferação dos mosquitos maruim na região do Vale do Itapocú, e promover um intercâmbio de informações para avaliar como adaptar e implementar essa abordagem em Dom Pedro de Alcântara.
Na oportunidade, a equipe foi calorosamente recebida pelo prefeito Clézio José Fortunato, que compartilhou detalhes sobre as estratégias implementadas em seu município para combater o mosquito. “Lá o controlador bioativo ainda em testes é distribuído aos agricultores para aplicação tanto nos pátios residenciais quanto nas áreas rurais, com foco especial nos bananais, onde a presença do mosquito é mais intensa” explica Sandro. Em meio as conversas, decidiu-se pela criação de um grupo de trabalho com o objetivo de encontrar alguma solução para lidar com esse problema dos maruins em Dom Pedro de Alcântara.
O problema dos Mosquitos Maruim
Segundo a secretária da Saúde de Dom Pedro de Alcântara, Janaína Schwank, parece que a presença dos maruins está aumentando nos últimos anos, em especial durante os meses mais quentes. E a situação incomoda moradores, pois suas picadas coçam, geram alergias e manchas na pele. O mosquito-pólvora, também conhecido como maruim, é uma espécie de inseto culicóide, sendo ainda possível transmissor de viroses.
O inseto é muito pequeno e se reproduz principalmente nas plantações de banana, que existem em todos os municípios infestados no RS. A larva do inseto gosta de ambientes úmidos, como as folhas das bananeiras que ficam pelo chão, e também do tronco das plantas. Na região, outros municípios como Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Morrinhos do Sul, Arroio do Sal e Torres (em especial nas áreas mais rurais) também estão sofrendo com os maruins.
Os municípios do Litoral Norte vão aplicar um bioativo para controlar a praga sem afetar as plantações de banana. O produto é feito a partir da levedura de cerveja.