Na última sessão da Câmara Municipal de Torres, realizada na segunda-feira, dia 11 de janeiro, dois vereadores usaram seu espaço de tribuna para defender questões que dizem respeito ao Sistema de Governo no Brasil. O vereador Jacó Miguel (PSD), em seu espaço de tribuna, se apresentou como um político que vai defender o que para ele está estampado na Constituição brasileira: trabalhar politicamente para que os que têm mais recursos ajudem os que têm menos recursos, os mais ricos ajudando os mais pobres. A seguir, o mesmo vereador, eleito para seu primeiro mandato na eleição de novembro passado, também elogiou e agradeceu a democracia em vigor, para ele “o sistema que dá liberdade de imprensa e de opinião”.
E Jacó aproveitou esta liberdade para criticar frontalmente o trabalho do atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Jacó Miguel disse que o gestor do governo gaúcho seria contra a carreira dos servidores públicos do Estado. Por isso, o governador para ele não é bem vindo à cadeira que ocupa, e o vereador então sugeriu que Leite volte para Pelotas (sua cidade natal) e que não concorra a reeleição.
Democracia e Ditadura em debate
A seguir o mesmo vereador manteve seu enfoque ideológico e criticou as posturas ditatoriais em geral. Referiu-se, também, à possível “ditadura política” que pode acontecer até na democracia, para ele quando a base aliada do governo tem maioria e a usa para manter o que o governo quer fazer. Mas disse que nada é pior que a ditadura do Poder Executivo, como já existiu no Brasil. “Nunca mais à Ditadura, sempre à Democracia”, afirmou o vereador Jacó.
Também na tribuna, o vereador reeleito Rogerinho (PP) utilizou parte de seu espaço para responder ao posicionamento do colega Jacó. Ele questionou o elogio à democracia no Brasil comemorada anteriormente. Após criticar algumas atrocidades sociais do momento atual, Rogerinho falou que em sua opinião, na época onde se dizia que não se tinha democracia (a do regime militar que vigorou entre 1964 e 1985 passados), as pessoas tinham mais bem estar social, além de dizer que os fatos divulgados na imprensa eram feitos de forma mais bem explicitada. “Naquela época se vivia num mundo bem melhor”, afirmou Rogerinho.