Em Torres, palestrante renomado sugere mais flexibilidade e empreendedorismo

Gustavo Cerbasi levou quase mil pessoas ao auditório da Ulbra Torres (foto), e repassou seus conselhos para uma vida de sucesso

9 de setembro de 2018

Quase mil pessoas praticamente lotaram as dependências do teatro do Centro de Eventos da Ulbra Torres na noite de terça-feira, dia 4 de setembro, para assistir a palestra de Gustavo Cerbasi. Um dos ícones do empreendedorismo brasileiro na atualidade, ele palestra e assessora pessoas e empresas para que trilhem seus caminhos profissionais e pessoais com inteligência, no que se refere às finanças. A palestra faz parte da iniciativa anual da faculdade de Administração da Ulbra Torres, o 5° Inove, idealizado pela coordenadora do curso em Torres, professora Adriana Peccin.

Dinheiro tem que estar “dando cria”

Uma das explicações cheias de bons argumentos dadas Por Cerbase foi referente à atitude necessária das pessoas e empresas de optarem por deixar seu patrimônio disponível em posições que gerem multiplicação do dinheiro. Ele mostrou que, por exemplo, optar por alugar um imóvel (pessoal ou na empresa) ao invés de comprar a casa própria ou o escritório próprio, na maioria das vezes pode ser um indicador de mais facilidade de aumentar os rendimentos dos recursos. É que as aplicações em ativos tradicionais e seguros geralmente só salvam o dinheiro da inflação, quando empreender pode sempre gerar ganhos de mais de 10% acima da inflação ao ano, em alguns casos até 50% (quando o negócio foi bem escolhido).
Cerbasi mostrou um exemplo de duas empresas de logística americanas que tinham o mesmo valor de mercado, quando uma delas tinha todos os equipamentos (aviões, Navios e etc.) próprios; e a outra optava por arrendar ou fazer parcerias para ter acesso aos mesmos bens (que transportam as mercadorias contratadas pela empresa). Ou seja, uma empresa tinha muito mais capital parado que a outra, mas elas possuíam o mesmo valor, o que mostra certo desperdício do capital imobilizado.

Menos engessamento dos custos

Outro conselho dado pelo palestrante, aos quase mil espectadores, foi de as pessoas e empresas não optarem por montar suas vidas baseadas em estruturas orçamentárias engessadas. Cerbasi sugere que, por exemplo, famílias optem por gastar um percentual de seu orçamento mensal com custos variáveis – jantares fora, viagens ou em poupanças para um projeto sonhado – ao invés de estruturar todo o orçamento apenas em custos fixos para pagar o “estabelecido” – como despesas de condomínio, de prestação de carro caro, prestação de colégios caros e etc. Ele explicou que isto dá mais elasticidade e tranquilidade às famílias em casos de acidentes de percurso do tipo: perda de emprego, recessão da economia, doença que demanda despesas emergentes ou empréstimos. No caso do orçamento flexível, as pessoas podem optar por carros mais baratos, imóveis mais simples e escolas menos caras (ou públicas) para guardar dinheiro para os custos de lazer, mas podem também, tranquilamente, parar de jantar fora, de viajar ou de poupar para um sonho por algum tempo (lazer) para pagar o imprevisto. Já no caso do orçamento engessado não: as famílias terão de se endividar ou vender patrimônio por valores abaixo do mercado para encarar os custos do acidente de percurso.
O investimento em qualidade de vida ‘bem pensada’ também faz parte da receita de um bom horizonte de progresso financeiro. O palestrante mostrou que a falta de investimento em si próprio, por conta de optar por preservação de uma imagem e de busca incessante de manter o status quo, geralmente cobra contas altas no projeto de progresso financeiro. Ele exemplificou, na prática, àquele “mantra” que se ouve por aí, que sugere que, para ter sucesso não importa o “ter” (ostentação): o que importa é o “ser” – uma pessoa focada nos caminhos da multiplicação positiva de seu sonho, consequentemente de seus ganhos financeiros. Primeiro Ser para Ter ao invés de primeiro Ter para Ser… Fazer parcerias para atingir metas, por exemplo, na maioria das vezes é muito mais eficaz do que estruturar tudo para si. Este foi um exemplo dado pelo consultor e praticado por ele em sua própria vida profissional.
Mas Cerbasi deixou bem claro que isto não se trata de um mantra de “autoajuda”. Como mostrou nos conselhos anteriores, trata-se de atitudes objetivas de empreender e “jogar no ataque” para multiplicar metas.


Publicado em: Educação






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