Embarques e desembarques de ônibus intermunicipais poderão ser feitos em “paradas” nas vias de Torres

Antigo concessionário encerrou suas operações formalmente nesta quinta-feira (30/9) e novo concessionário ainda não possui licença para poder operar no novo local - Vereador Gimi disse que irá fazer diagnóstico legal do certame e deve noticiar o Ministério Público para que haja enquadramento das ações ás demandas do município de Torres

Prédio onde funcionou a Churrascaria Mirim deve ser mesmo o ponto do novo terminal rodoviário de Torres - mas não imediatamente
1 de outubro de 2021

Em entrevista na rádio Maristela, o diretor do Daer, Lauro Hagemann, informou a situação atual e o horizonte para a operação da Estação Rodoviária de Torres – após o encerramento formal das atividades e da concessão dos antigos proprietários do espaço em Torres nesta quinta (30). Será colocada à disposição a possibilidade de embarque e desembarque em paradas de ônibus de linha municipal espalhados pelas vias principais da cidade onde passam as linhas intermunicipais que entram e saem de Torres. Esta operação provisória já aconteceu em outras cidades do RS enquanto há interrupções de operações centralizadas – situação que a cidade de Torres está agora sujeita.

Um ponto será definido como referência de final de linha dos ônibus em Torres, e será anunciado pela prefeitura em breve, sendo que o Daer já oficiou a municipalidade para tanto (de preferência próximo ao ponto onde funcionou a antiga Rodoviária).  E as empresas principais de transporte de passageiros entre municípios que operam em Torres (Unesul e São Marcos) devem disponibilizar funcionários que fiquem no local (fim de linha) para vender passagens. Mas os bilhetes podem também ser pagos dentro dos ônibus, como em embarques em estradas acontecem, além de alternativas já existentes atualmente…. isso tudo, é claro, apenas provisoriamente

 

Nova Estação deverá mesmo ser na antiga churrascaria Mirim

 

Conforme informou o mesmo diretor do Daer (e confirmou o vereador Igor Beretta em sua página do Facebook), conversas adiantadas com o novo concessionário cada vez mais indicam que a nova Rodoviária de Torres deverá ficar instalada no terreno e no prédio onde funcionou a Churrascaria Mirim, na Estrada do Mar. O Daer (gestor do trânsito na via Estada do Mar) anuncia que fará as intervenções necessárias na estrada para que seja viabilizada a implantação do terminar com o novo concessionário. Todos acham que os outros pontos ventilados não são tão bem preparados como o da Mirim.

Mas falta a aprovação final do próprio Daer e da Prefeitura de Torres, para que as obras de implantação iniciem e a operação passe a ser centralizada no prédio novo, mesmo que no início seja de forma precária (como informada na semana passada aqui mesmo pelo jornal A FOLHA).

 

Presidente da Câmara questiona formalmente licitação da Rodoviária

Na Sessão da Câmara Municipal de Torres, realizada na segunda-feira, dia 27 de setembro, em seu espaço de tribuna, o presidente da Casa Legislativa, vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (PP) questionou frontalmente todo o processo de troca de ponto da Rodoviária de Torres e sua nova concessão. O processo licitatório já está em fase adiantada, após finalização do certame,  onde os antigos concessionários sequer participaram e outro empreendedor venceu a licitação, sendo que está projetando colocar o terminal em outro local. Isso por conta da falta de interesse dos donos do imóvel onde funcionou a Estação Rodoviária por décadas (no centro da cidade, ao lado do supermercado Nacional) que não mostraram interesse em manter o imóvel alugado para o novo concessionário.

Gimi questionou tudo. Disse ter lido o Edital e estranhado que muitas coisas que constariam nas regras do certame não teriam sido cumpridas pelo novo concessionário, como a necessidade de vários equipamentos obrigatórios dentro da Estação Rodoviária a ser operada.  O vereador também questionou o fato do município de Torres ter ficado sabendo da mudança somente agora,  em setembro deste ano; questionou os locais que estão sendo sondados para a localização da nova Estação, os quais para ele não são os ideais, pois acha que deveria ser colocada na entrada da cidade  (na Vila São João) ou no prédio onde funcionou a revenda Fiat (na entrada da cidade pela BR 101). Mas disse que, principalmente, em  sua avaliação, a prefeitura de Torres teria que  ter dado aval técnico (Pelo Plano Viário) e institucional (quanto a prestação de serviços públicos para os moradores e turistas), ainda com aval da Câmara, antes da decisão final de uma nova localização, o que não aconteceu.

O presidente da Câmara de Torres, vereador encerrou seu pronunciamento na sessão afirmando que:

1 – vai pedir um posicionamento formal da Comissão de Justiça da Casa Legislativa;

2 – vai pedir para a assessoria jurídica da Casa Legislativa que emita um diagnóstico legal sobre o andamento da licitação da Rodoviária, em relação aos direitos e deveres das partes;

3 – Irá noticiar o Ministério Público Estadual sobre os acontecimentos decorrentes da licitação feita pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens do RS (Daer) e os fatos atuais.

 

Para o vereador,  a autarquia (Daer) estaria demonstrando que está “forçando o sistema para que haja logo a decisão de quem e onde irá funcionar a Rodoviária de Torres, sem observar os impactos da licitação”, principalmente os que se referem à cidadania no município de Torres.  Para o presidente da Câmara, o enquadramento das ações perante as demandas locais deve ser feita, inclusive se for necessária a realização de um novo edital.

 

* Com informações de Redação A FOLHA, Rádio Maristela e Prefeitura de Torres

 


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