Escolas municipais de Torres não sabem o que serás feito para recuperar aulas perdidas devido à quarentena

Por conta do Coronavírus, escolas estão paradas há mais de 3 semanas, e municipalidade espera decisões de outras instâncias para projetar saída da parada compulsória

Imagem meramente ilustrativa captada em 2019
14 de abril de 2020

 

As escolas estão sem aulas presenciais em todo o Brasil. O sistema – público e privado – está seguindo o Estado de Calamidade Pública decretado por conta da pandemia do Coronavírus no país. Em Torres e no Rio Grande do Sul, ficarão fechadas ao menos até 30 de abril. Algumas instituições de ensino estão utilizando a tecnologia para seguir o calendário de Educação, realizando aulas por atividades remotas (como computador). O sistema em geral tem sinalizado que estas compensações via tecnologia poderão ter validade para a contagem dos dias estipulados para o Ano Letivo oficial…. mas nada é definitivo ainda.

No Ensino Infantil e nas primeiras séries da Educação, onde o atendimento é feito pelos municípios, a quarentena na maioria das vezes está sendo mais simples: somente com paralização das atividades presenciais. É que os alunos são crianças e muitas vezes não há capacidade instalada nas Secretarias Municipais para a realização de compensações à falta de aula normal via tecnologia.

A FOLHA foi conversar com a Secretaria de Educação de Torres para saber o que está sendo feito no município com relação aos formatos da educação prestada em tempos de isolamento social. Conversamos (virtualmente) com a secretária Sílvia Pereira, e a resposta é que a cidade está de certa forma acompanhando uma posição do Conselho Nacional de Educação (CNE) emitido em nota para todas as escolas nacionais. É que o município não faz parte do Sistema Estadual de Educação do RS, ele tem regimento próprio. Portanto, não se enquadra às decisões tomadas pelo governador Eduardo Leite, em geral referentes a escolas do ensino médio, que trata de alunos adolescentes que estudam em escolas estaduais locais.

Segundo a secretária Sílvia, não está sendo utilizada nenhuma estratégia específica para o atendimento das horas legais de aula que estão sendo perdidas durante a quarentena. Houve a parada das aulas, mas por não haver (e nem estarem previstas) aulas à distância na Lei de Diretrizes Básicas para a Educação Básica, os alunos estão em casa.

Silvia diz que está sendo reorganizado o calendário escolar para a preparação da retomada das aulas após a parada compulsória de Saúde Pública. “Nossa preocupação agora é com a saúde de todos e enquanto tivermos a Pandemia do Coronavírus. Não podemos iniciar, pois nossas crianças são consideradas vetores desta doença”, afirma a secretaria.

A Secretária de Educação lembra que as salas de aula possuem, em média, 20 crianças no ensino infantil e 30 alunos no ensino fundamental.  Por isso a responsabilidade de manter o isolamento.

Sobre compensação do calendário 

A FOLHA perguntou se há alguma diretriz no horizonte sobre a compensação do calendário escolar, para que os estudantes cumpram a carga horária e suas famílias se preparem para as medidas projetadas. A secretária de Educação de Torres responde que ainda não há uma diretriz de instâncias superiores. E que no município de Torres não há ainda também uma decisão.

O projeto, conforme Silvia Pereira, “depende da realização de um diagnóstico da situação de cada Unidade Escolar (período letivo cumprido até a interrupção das aulas); e precisa da disponibilização dos Diretores e das equipes das Escolas por conta das medidas tomadas em âmbito maior sobre a liberação das atividades da cada um”. Para a secretaria de Torres, “isto deve começar a ser desenhado a partir do fim da interrupção das atividades ligadas ao ensino pelas autoridades nacionais e municipais”, o que ainda não existe prazo sinalizado pelas instâncias superiores que coordenam o Estado de Calamidade

 

*Editado por Guile Rocha.

 

 

 


Publicado em: Educação






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