FOI REJEITADO PROJETO DE ADEQUAÇÃO DO IPTU EM TORRES

Plenário da Câmara ficou lotado e quase que teve de ser suspensa a sessão por conta de desordens

Plenário da Câmara ficou lotado e quase que teve de ser suspensa a sessão
6 de novembro de 2017

O Governo do prefeito de Torres Carlos Souza sofreu derrota importante em votação na Câmara na sessão que aconteceu nesta segunda-feira, dia 6 de novembro. Não bastou contar com maioria de votos somada pela base aliada e não adiantou nem o governo receber um voto favorável até do vereador Calos Jacques, do PMDB – partido de oposição direta na Câmara.  Por 6 votos contra e 5 votos favoráveis, o Projeto de Lei que readequaria a Planta de Valores dos imóveis na cidade foi REJEITADO.  E agora o IPTU de Torres pode ficar congelado, recebendo somente a correção monetária e completando doze anos sem reavaliação da planta de valores dos imóveis da cidade.

 

PDT mudou de lado e vereador Ernando Elias estava em tratamento de saúde

 

Votaram a favor do governo os vereadores Fábio da Rosa e Val Cabelereiro pelo PP; Jeferson dos Santos pelo PTB; Zete pelo PT e Jacques pelo PMDB, perfazendo cinco votos no total. Votaram contra o PL de readequação do IPTU os vereadores Gimi, Marcos e Tubarão pelo PMDB, Pardal pelo PRB e – indo contra a base em que faz parte, portanto mudando de lado, os dois vereadores do PDT: Dê Goulart e Rogerinho.

O vereador Ernando Elias (Rede) não compareceu porque está passando por cirurgia em Porto Alegre. Mas se estivesse presente, provavelmente votaria a favor do governo (faz parte da base e vota sempre com ela). Com este empate a vereadora Gisa (PP) teria que votar para  desempatar porque o escore ficaria em 6X6.  E Gisa é do mesmo partido do prefeito Carlos, o que indica que havia possibilidade do PL ser aprovado,  mesmo sem a votação dos dois vereadores do PDT  junto da vontade do governo Carlos Souza.

 

Plenário estava lotado de pessoas que queriam a rejeição

 

 

Muitos secretários e apoiadores do governo Carlos se fizeram presentes no plenário da Câmara nesta segunda feira (6/11) para apoiar a aprovação do PL. Mas a mobilização de vereadores da oposição com suas bases fizeram com que muita gente participasse do processo de discussão do PL defendendo sua rejeição. Vereadores que falaram defendendo a REJEIÇÃO como Pardal (PRB), Tubarão (PMDB) e Marcos (PMDB) e Dê Goulart (PDT) foram aplaudidos quando abriram seus votos contra o PL, mesmo sendo proibida a manifestação do plenário nestes debates. Eles defenderam que o imposto aumentaria e que, mesmo em casos teoricamente mais amigáveis, o momento não seria de aumentar impostos do povo, mesmo que fossem em valores pequenos.

O único vereador que defendeu o PL do governo Carlos em discurso na tribuna foi o líder do governo na casa, Fábio da Rosa (PP). E os rebeldes contra o PL quase que não deixaram o vereador falar, interrompendo seu discurso de tribuna que tentava explicar o projeto de forma sistêmica, até com ofensas e vaias em alguns casos. Foi durante estes momentos que a presidente da Câmara, vereadora Gisa Webber (PP) ameaçou por três vezes interromper a sessão caso a ordem da casa não fosse mantida.

Por tudo isto o governo Carlos pode não contar no ano de 2018 com os 40% previsto de aumento do valor projetado de recolhimento de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) caso não consiga entrar com outro projeto de readequação das avaliações venais (de venda) das casas, terrenos e prédios do município ainda neste ano de 2017, ano em que restam um pouco mais de 45 dias para encerrar.

 

 

 


Publicado em: Política






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