Hospital de Torres reestrutura leitos de AVC e confere ainda mais agilidade neste atendimento

A unidade de AVC agudo do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, constituída pelos cinco leitos, antes situada na unidade de internação, agora se localiza no Setor de Emergência, o que intensifica a agilidade de atendimento destes casos.

8 de abril de 2022

O Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, vem qualificando o atendimento e a estrutura nos últimos meses, para seus pacientes SUS, de convênios e particulares. Uma das mais recentes é a reestruturação de cinco leitos de AVC, o que traz mais agilidade ao atendimento dos casos de acidente vascular cerebral.

“Em pacientes que apresentam sinais de AVC, principalmente o isquêmico, a corrida contra o tempo é essencial. Quanto mais ágil a avaliação tomográfica, mais rápidas podem ser as decisões sobre medicação, o que ajuda a salvar tecido cerebral, reduzindo a intensidade de sequelas”, explica o neurologista referência na instituição, Felipe Azevedo Olson.

A unidade de AVC agudo, constituída pelos cinco leitos, antes situada na unidade de internação, agora se localiza no Setor de Emergência, o que intensifica a agilidade de atendimento destes casos. Olson ressalta que a qualificação para atender pacientes de AVC soma-se ao pioneirismo do hospital em ser o primeiro da região a ter disponível a medicação considerada essencial para os primeiros socorros em AVC: “Fomos o primeiro hospital do Litoral a ter a medicação usada para trombólise, inicialmente por meio de doação. Depois, foi criada a unidade de cuidados específicos em AVC em 2012. Agora, com a reestruturação dos leitos, poderemos trabalhar para reduzir em até 30 minutos o tempo preconizado como ideal para início do atendimento de AVC isquêmico.”

Este tempo é conhecido na medicina como golden hour (hora dourada) e considera como ideal que, em até uma hora, o paciente chegue à emergência, passe por atendimento, faça a tomografia e receba a medicação para trombólise. Esse procedimento, em resumo, é a dissolução de coágulos por meio da injeção intravenosa de trombolíticos, retomando o fluxo sanguíneo e reduzindo a chance de sequelas. A medicação deve ser usada em até 4 horas e meia, a chamada janela terapêutica, e após avaliação de possíveis contraindicações feita pela equipe médica.

 

Reformas e entregas

 

A reestruturação dos leitos de AVC somam-se a outras recentes e previstas mudanças para qualificação no HNSN como a ampliação do serviço de medicina diagnóstica com a aquisição de um novo aparelho de ultrassonografia, a chegada de um Ventilador Mecânico Neonatal e recuperação de toda a fachada, com nova pintura. Além disso, o aumento da capacidade de atendimento em UTI geral, passando de cinco para 10 leitos, após habilitação definitiva para os cinco leitos que estavam sendo usados para covid-19 de forma emergencial.

“Tem sido um período de renovação, em que estamos nos aproximando ainda mais da comunidade ao ampliar e qualificar estrutura e oferecimento de exames, de forma a trazer mais conforto, segurança e acolhimento aos pacientes e seus familiares”, diz Samuel Meoti, gerente executivo dos hospitais da AESC no Litoral.

O HNSN, mantido pela Associação Educadora São Carlos (AESC), é único em um raio de 50 quilômetros e atende sete municípios, contando com 86 leitos de internação disponíveis. As melhorias citadas, que envolvem qualificação na estrutura para atendimentos aos pacientes do HNSN, tanto para o SUS quanto particulares e convênios, são parte do Planejamento Estratégico para o período 2022-2026 da AESC.

 

Entenda sobre o AVC

O AVC é uma redução do fluxo sanguíneo no cérebro que é subdividido em dois tipos conforme a origem da interrupção. São eles: 1)AVC ISQUÊMICO – É o tipo mais comum e ocorre em razão da obstrução do fluxo sanguíneo intracraniano em razão da formação de coágulos que podem entupir algum vaso da região. 2)AVC HEMORRÁGICO – Mais raro, pode ser ocasionado pelo rompimento de um vaso no cérebro

 

Os dois tipos são considerados uma emergência médica e pedem atendimento imediato. Ainda que tenham origens diferentes, podem apresentar os mesmos sintomas. Olson destaca os três motivos que devem ligar o sinal de alerta de familiares ou do próprio paciente. Basta a presença de apenas um desses três para que a emergência hospitalar seja procurada ou seja chamado serviço móvel de urgência: 1)Dificuldade de manter os braços à frente quando solicitado a levantá-los; 2) O sorriso se mostra torto quando alguém pede que a pessoa sorria; 3) Se solicitada a repetir uma frase, a pessoa fala embaralhado ou simplesmente não consegue

 


Publicado em: Saúde






Veja Também





Links Patrocinados