Iniciativas para preservar e promover artesanato em palha de butiá em Torres são debatidas

Na última semana, representantes da administração municipal de Torres se reuniram para discutir ações em prol da preservação do artesanato em palha de butiá - reconhecido como patrimônio imaterial do município (e do RS).

11 de abril de 2025

Na última semana, representantes da administração municipal de Torres se reuniram para discutir ações em prol da preservação do artesanato em palha de butiá – reconhecido como patrimônio imaterial do município. O encontro resultou na definição de uma data – 28 de maio – para reunir os artesãos que mantêm viva essa tradição, com o objetivo de fortalecer a prática e valorizar os mestres da técnica.

Além do encontro, está prevista a realização de uma oficina para ensinar o artesanato em palha de butiá, incentivando a transmissão de conhecimento para novas gerações.

Estavam presentes  na reunião a secretária municipal de Trabalho, Indústria e Comércio, Patrícia Cândido, o secretário da Cultura e do Esporte, Blando Ferreira, a diretora de Cultura, Mini Lages, diretora de Trabalho e Qualificação Profissional, Sâmera Elias, o turismólogo Francisco Reis, representando a EMATER, Claudete, o antropólogo Yves Marcel Seraphim e representando o Programa de Desenvolvimento Estratégico da Secretaria de Estado da Cultura, Juliana.

 

Patrimônio Imaterial da Região de Torres (e do RS)

Em 2023, o modo de fazer artesanato com palha de butiá da Região de Torres passou a ser o segundo patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul (A erva mate foi o primeiro símbolo gaúcho reconhecido). O reconhecimento foi formalizado pelo Governador Eduardo Leite. A patrimonialização veio depois de um trabalho iniciado em 2003 pelo Instituto Curicaca e as mulheres detentoras deste saber tradicional, com importante parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE.

Esse fazer do artesanato em palha de butiá vem sendo transmitido de mãe para filha há cerca de 150 anos, seis gerações nas famílias rurais da região de Torres. Possui uma rede de significados históricos, econômicos, sociais, ecológicos, estéticos e afetivos em uma territorialidade própria, o ecossistema dos butiazais. Das folhas secas e tratadas dos butiás é feita a trança, elemento central da produção de chapéus, bolsas e tapetes onde aplicam conhecimentos técnicos e da natureza.


Publicado em: Cultura






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