Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira, dia 17 de agosto, participações na tribuna de alguns vereadores, sendo que posicionamentos (através de pedidos por Questão de Ordem) foram feitos para questionar a decisão da Mesa Diretora da Casa Legislativa, que interrompeu, a partir já daquela sessão, a transmissão ao vivo das sessões semanais ordinárias – seja por rádio ou pela TV Câmara (que transmite através do Facebook). A interrupção, conforme posicionamento oficial da Câmara, ocorreu por conta da legislação eleitoral, que não permite que vereadores utilizem seus espaços oficiais para fazerem campanha, três meses antes do pleito, nem ao vivo nem gravado. E a Mesa Diretora atual, por isso, acabou preferindo não correr o risco de haver posicionamentos eleitorais, mesmo que sem a intenção clara, tanto em rádio como nas redes sociais.
Período é questionado
O primeiro vereador a questionar a interrupção foi Deomar Goulart, o Dê (PDT). Ele questionou a mesa diretora em seu espaço de tribuna perguntando se não estava errada a decisão do PERÍODO de interrupção das transmissões. É que o período eleitoral antigamente funcionava por três meses, antes do pleito. E agora o período eleitoral acontece somente 45 dias antes da data da eleição, e só a partir deste período o vereador Dê acharia coerente de haver a interrupção. Neste caso, isto deveria ocorrer a partir somente do início de outubro.
Mérito também é questionado
O vereador Rogerinho (Progressistas) também utilizou seu espaço de tribuna para discordar publicamente da decisão da Mesa Diretora de interromper a transmissão ao vivo das sessões ordinárias da Câmara. Exemplificou os ritos da Câmara Federal e da Assembléia Legislativa, que mantêm as transmissões ao vivo de suas sessões ordinárias, mesmo em períodos eleitorais. E questionou a salubridade do fato da população ficar sem ter as sessões transmitidas diretamente para suas casas, uma tradição antiga em Torres – e que ganhou ainda mais repercussão em tempos de isolamento social.
O vereador Pardal (Republicanos) pediu a palavra em questão de ordem a seguir, quando também se colocou contra a decisão. O vereador acha que a medida se trata de uma arbitrariedade da presidência da Câmara e que poderia estar existindo interesses políticos na interrupção. Foi quando o presidente da Câmara, Fábio da Rosa, explicou os motivos da decisão e lembrou que a mesma foi assinada pelos quatro membros da Mesa Diretora. Fábio, no final, disse que não iria recuar na decisão, mesmo após o pedido de seus colegas.