Lideranças gaúchas vão ao Palácio Piratini buscar apoio para construção de terminal portuário para Torres

Estudo técnico mais apurado irá dar viabilidade ou não ao projeto e irá ser instrumento para o início da escolha do local (município) a ser implantado o porto

Governador gostou da ideia de iniciativa privada
29 de março de 2019

Com o propósito de apresentar o Projeto Portuário Marítimo Privado – Porto de Torres – ao governador Eduardo Leite, foi realizada na segunda-feira, 25 de março, no Palácio Piratini, uma reunião com várias lideranças gaúchas engajadas no tema. O encontro contou com a participação do senador Luiz Carlos Heinze, do prefeito Carlos Souza, secretários estaduais e cerca de dez representantes da Comitiva Mobi Caxias, entidade ligada ao futuro da Serra.

Formato sem custos para o Estado foi elogiado pelo governador Leite

Na saída do evento, o senador Luiz Carlos Heinze disse aos jornalistas que o governador Eduardo Leite gostou da proposta, em especial pela possibilidade da obra incluir parcerias. O próximo passo, explicou Heinze, será dado pela Marinha, que já designou uma equipe para fazer medições específicas no trecho litorâneo entre Tramandaí e Torres. Na visita, o governador comentou a sua satisfação em identificar uma mobilização do formato do Mobi Caxias, pela atual situação do Estado. Reforçou que esta é uma das alternativas para investimentos no Rio Grande do Sul. Além de destacar a participação da iniciativa, Leite se comprometeu em contribuir com a tramitação do projeto.
Entre os presentes na reunião, Fernando Carrion, engenheiro idealizador, o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e o diretor da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Curi. Da comitiva do Mobi Caxias estavam também Carlos Zignani, presidente; Astor Milton Schmitt, vice-presidente; Rogério Rodrigues, diretor executivo; Ronald Lopes, representante da UCS; Ruben Bisi, coordenador do Projeto Marítimo; Rodrigo Postiglione, coordenador da Câmara Infraestrutura; Paula Ioris, vereadora de Caxias do Sul e Claiton Gonçalves, prefeito de Farroupilha.

Concorrência entre Torres e Arroio do Sal

O projeto (ainda no campo das ideias) da implantação de um terminal portuário marítimo no Litoral Norte do RS iniciou na metade do ano passado. De lá para cá os interessados na implantação do Porto estão fazendo articulações no meio político e procurando prestar informações para a população das cidades que podem receber o porto.
As medições iniciais por dados da marinha apontam para uma área de 25 km de costa nos municípios de Torres e de Arroio do Sal como locais tecnicamente mais viáveis para a construção do terminal. As medições mais específicas anunciadas na reunião devem dar mais detalhes sobre a viabilidade e os custos que envolvem a implantação do porto.
O prefeito de Torres tem demonstrado empolgação para receber o terminal, já que ele seria construído em algum local das praias do sul do município, distantes em torno de 15 km do centro, o que não prejudicaria o conceito de cidade de turismo de Torres. Mas o prefeito de Arroio do Sal, Flávio Arns, o Bolão, também está articulando para que o porto possa sair dentro das divisas do município que administra, já que Arroio do Sal também possui vasta área de zona litorânea e poderia ter o porto e também manter o conceito de cidade de turismo/veranismo atuais.
Como o processo é de iniciativa privada, certamente as ofertas de subsídios de ambas as partes (municípios interessados) irão influenciar sobremaneira a decisão final do lugar a ser implantado o terminal. Licenças e apoio político federal e estadual são necessários. Mas a parte de vantagens fiscais e subsídios municipais deve ser a protagonista do processo de escolha.


Publicado em: Infraestrutura






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