Luzes não identificadas são reportadas por piloto e fotógrafo também no céu de Torres

Pela quarta noite seguida, o surgimento de luzes no céu de Porto Alegre (RS) intrigou pilotos e controladores de voo. Fotógrafo e caçador de tempestades Gabriel Zaparolli também conseguiu fazer registro do estranho fenômeno 

FOTO - Fotógrafo Gabriel Zaparolli registrou vídeo com luzes misteriosas no céu de Torres
9 de novembro de 2022

Por ao menos cinco noites seguidas – entre sábado e quarta-feira (09) –  o surgimento de luzes no céu do RS intrigou pilotos e controladores de voo. Nessa terça (8/11), comandantes de quatro aeronaves relataram, em menos de um minuto, iluminações não identificadas no espaço aéreo.

Em vídeo, o diálogo entre os comandantes e a controladora de tráfego aéreo do Aeroporto Salgado Filho (em Porto Alegre) é detalhado. Os pilotos comunicam à central as luzes de origem desconhecida e, na sequência, são orientados a filmar os objetos.É possível ouvir um deles explicar que as imagens não ficam boas pelo celular. Contudo, a mesma orientação segue para os outros pilotos.

E este estranho fenômeno teria sido registrado também em Torres. Segundo informações do site Litoral na Rede, na noite desta segunda-feira (07), o piloto de um voo comercial informou ao controle do tráfico aéreo ter visto o fenômeno sobre o mar, em Torres, o qual foi relatado em registro feito pelo canal do Youtube Câmera Aeroporto Salgado Filho (que também disponibiliza as comunicações com a torre de controle. “Só para reforçar o  reporte de outros colegas aí de luzes não identificadas com movimentação aqui à nossa esquerda através da cidade de Torres, sobre o mar. Três luzes não identificadas com movimentação”, disse o piloto na comunicação com a torre de controle.

 

Veja o momento do relato (a partir dos 24:00 do vídeo)

 

Fotógrafo torrense também fez registro

 

Além disso, intrigado com a repercussão sobre a possível presença de Ovnis, o fotógrafo e caçador de tempestades Gabriel Zaparolli  também decidiu tentar observar o fenômeno. Na noite desta terça (08) ele se posicionou com sua câmera para o céu, no lado do mar, e por volta das 23h gravou o primeiro ponto liluminado se movimentando no céu, sobre o oceano. Logo depois, Zaparolli fez outros registros, e em alguns momentos as imagens mostravam duas luzes em movimento.

“Foi uma sensação muito insana de observar aquelas luzes estranhas pelo horizonte sul de Torres, bem acima do mar. Foram aproximadamente 30 minutos observando vários objetos aparecendo e desaparecendo”, disse Zaparolli ao site Litoral na Rede, ressaltando que pilotos de avião relataram as mesmas luzes aproximadamente às 23:08, no mesmo horário que ele estava vendo as luzes em Torres. Confira no vídeo a seguir

 

 

 

Primeiros relatos

 

De acordo com os primeiros relatos, feitos no sábado (5), as luzes acendiam, apagavam e se moviam rapidamente, mas não impediram o tráfego das aronaves. O piloto do voo TAM 3406, que decolou de Guarulhos (SP) para Porto Alegre, descreveu a aparição das luzes, que, segundo ele, “às vezes é uma, às vezes duas ou três”.

O piloto do voo Azul 4657 também disse ter avistado as luzes desde o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Segundo ele, as luzes eram em “aspiral”, girando bem forte.

 

O que dizem os especialistas

 

Para o ufólogo Edison Boaventura Júnior, as luzes podem indicar a presença de fenômenos não identificados. “Pelo comportamento relatado pelos pilotos, a gente percebe que se trata de um fenômeno OVNI (Objeto Voador Não Identificado) autêntico”, diz. “Recebi informações que em Minas Gerais tem alguns casos e em algumas cidades do interior de São Paulo. No Sul, a partir de outubro, houve alguns relatos de pessoas que viram [ovnis] em solo e agora estes pilotos que observaram estes objetos”, comentou o ufólogo ao site g1 RS. O pesquisador diz que contabilizou 115 ocorrências de avistamento em todo o país, entre abril e outubro deste ano.

As luzes não identificadas que intrigam pilotos de avião há cinco dias no céu gaúcho podem ser reflexos do Sol em painéis de satélites. A hipótese é levantada pelo astrônomo e diretor-técnico da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, Marcelo Zurita. “A hipótese que a gente está trabalhando e que me parece mais coerente é o que a gente chama de ‘flyers de satélite’, reflexos da luz do Sol nos painéis de satélites que passam a milhares de quilômetros de distância. Eles acabam refletindo a luz do Sol diretamente na direção do observador e acaba gerando essa condição rara da gente observar esse fenômeno”, diz.

 


Publicado em: Geral






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