Maracujá orgânico – Cooperativa incentiva cultivo de mudas para ampliar produção na região de Torres

Embora a maior produção de maracujá do Rio Grande do Sul esteja no litoral norte, com mais de 5 mil quilos colhidos em sete municípios, conforme o Censo Agropecuário do IBGE de 2017,  o cultivo de maracujá orgânico na região ainda é pequeno frente à crescente demanda por polpa

12 de maio de 2022

Embora a maior produção de maracujá do Rio Grande do Sul esteja no litoral norte, com mais de 5 mil quilos colhidos em sete municípios, conforme o Censo Agropecuário do IBGE de 2017,  o cultivo de maracujá orgânico na região ainda é pequeno frente à crescente demanda por polpa. Mas para que mais famílias possam investir em parreiras orgânicas, o primeiro passo é ter mudas orgânicas também.

Pensando nisso, a Cooperativa de Produtores Ecologistas Econativa e o jovem casal Jovana Moschen e Leonel Gauer desde janeiro de 2021 firmaram uma parceria que pode ampliar área plantada com maracujá orgânico na região. “A ideia é essa: a gente produzir as mudas para agricultores ecológicos, que daí eles podem vender para a cooperativa fruto próprio para a polpa”, explica Jovana.

Ela e o companheiro, Leonel, produzem maracujá desde que se mudaram de Caxias do Sul para a área rural de Torres, em 2019. Eles já pensavam em ter uma estufa e o desafio da Econativa  os encorajou a prosseguir com o plano e investir numa estufa com antessala e tela antiafídica para proteger as mudas dos insetos. Mesmo assim houve um episódio em que as formigas conseguiram entrar por um buraco minúsculo na tela e consumiram mais de 200 pés.

“É o segundo ano agora. No primeiro ano a gente produziu 2 mil mudas e conseguimos vender. Praticamente todas as que sobraram foi que a gente produziu a mais. Nesse ano gente semeou a mesma quantidade”.

Os cuidados com os pés de rubi do Cerrado e amarelo incluem aplicação de biofertilizante supermagro feito no próprio sítio, calda sufocálcica e um produto chamado água de vidro – fortificante das folhas e protetor contra fungos e bactérias.

Além das frutas e mudas de maracujá, Jovana e Leonel manejam de forma ecológica frutíferas como abacate, laranja e goiaba, que já estavam no sítio. As bananeiras na maior parte foram plantadas, de mudas doadas por outras famílias do Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida de Agroecologia.

 

Rede Ecovida

 

A Rede Ecovida de Agroecologia é formada por famílias agricultoras, consumidores, consumidoras, agroindústrias ecológicas, organizações de assessoria técnica, feiras, cooperativas e lojas. O Núcleo Litoral Solidário, na região do litoral norte gaúcho,  é um dos 34 núcleos regionais da rede  atuante em 412 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.


Publicado em: Meio Ambiente






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