Moradores do bairro Vila Nova, localizado atrás do parque do balonismo, local também conhecido como “Passo do Normélio” reclamam de fortes impactos do despejo de esgoto direto em um córrego – irregularidade feita por donos de algumas residências do local. A reclamação é de cheiro de esgoto puro. Relatos denunciam para A FOLHA que pessoas moradoras no entorno da Rua Leopoldino João da Rosa estariam abrindo suas fossas entupidas (ou cheias demais) e colocando o excesso direto em um valo que corta o lugar, mas passando pela via á céu aberto, o que deixa um limo verde ( foto). E em outros casos as ligações de esgoto ao valo são diretas mesmo, ou seja, nem fossas existem.
Uma das moradoras mais prejudicadas reclama também que em muitos casos os donos dos imóveis da região construíram fossas em suas casas para respeitar o impacto coletivo da falta de ligação de esgoto captado – que ainda não ocorre no bairro. Mas diz que alguns vizinhos não fazem o mesmo e em alguns casos chegam a “zoar dos certinhos”. Os contraventores, ao contrário, jogam seu esgoto direto na rua, o que acaba impactando mais nos que fizeram seu trabalho preventivo (porque sua localização fica mais próxima do valo em questão). Relatos também dão conta que tem moradores que, em alguns dias, se obrigam a sair de casa para fazer as refeições, por ser impossível fazê-las com o mau cheiro ao meio dia. Os acontecimentos têm piorado nos últimos dias, não se sabe se por conta do aumento de pessoas usando seus sanitários ou se por conta do verão estar seco e o esgoto ser menos diluído por águas da chuva.
Os mesmos moradores disseram para A FOLHA que têm conversado com alguns vereadores de Torres, mas que estes ainda não devem ter conseguido apoio do poder executivo para resolver o problema do esgoto jogado irregularmente direto no valo do bairro Vila Nova.
Problema é recorrente – Por Fausto Júnior
A cidade de Torres já sofreu e foi condenada em uma Ação Civil Pública, do Ministério Público Federal, no ano de 2000, quando ficou proibida de fazer obras sem tratamento próprio de esgoto até que a cidade conseguisse construir junto com a Corsan (Companhia Rio-grandense de Aguas e Saneamento) uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) maior e que recebesse o volume demandado pelo crescimento urbano local, o que ocorreu no ano de 2004. Mesmo assim, Torres ainda está de certa forma obrigada a aumentar a rede de coleta de esgoto, o que vem ocorrendo, mas também é obrigada a terminar com as ligações clandestinas de esgoto e fossas, uma exigência da mesma ação do MP Federal que a cidade está sentenciada.
O problema é que em alguns casos os moradores não construíram fossas em suas residências e sequer têm espaço no terreno para assim o fazer. Além de outros casos de moradores insistirem em manter suas ligações clandestinas e ilegais ativas.
Os valos que correm junto ao Balonismo, no bairro Guarita e no meio da Avenida do Riacho, são exemplos de locais onde se pode notar-se canos derramando esgoto direto nas valas, assim como em outros casos pode-se notar esgoto correndo à céu aberto na via. Estes oriundo de casas
