Motoboy: Profissão em alta também em Torres

Período de pandemia aumentou a demanda da tele-entrega - e consequentemente o trabalho dos profissionais que entregam estes produtos

O Motoboy Leo
28 de abril de 2020

Uma profissão que conquistou ainda mais  o seu espaço nos últimos meses é a dos motofretistas ou motoboy. Diante da necessidade de agilizar o transporte de encomendas ou atender algum  chamado particular ,estes profissionais estão em alta ,principalmente neste período de Pandemia e pela Covid-19. Eles estão desde o inicio do Isolamento Social na linha de frente, auxiliando principalmente aqueles mais vulneráveis, como os idosos.

 

Como a tele-entrega por motos começou

 

A História dos motoboys têm início lá no começo do Século XX, com os motociclistas do Exercito Britânico .Eles transportavam informações militares, principalmente nos períodos das Guerras Mundiais. No Brasil,a atividade teve fortalecimento na década de 80.Com o aumento da frota de automóveis que ano a ano vinha crescendo, as motos foram uma solução para agilizar a prestação de serviços de entregas para empresas.

Hoje em dia cada vez mais é usado o serviço de tele-entregas por meio de motos, seja pela falta de tempo, pela impossibilidade de se locomover ou por comodidade,em fim são muitas as  razões para usar o serviço.  Aqui em Torres são vários os motofretistas que diariamente trabalham levando as mais variadas encomendas atendendo a comunidade. Quem nunca recebeu uma pizza trazida por um destes profissionais?

O risco acompanha sua atividade ,pois eles correm conta o tempo,uma vez que recebes por entregas

 

Dois motoboys aqui de Torres

 

 O motoboy Jéferson com a esposa

 

O torrense Leo Rodrigues da Silva,31 anos, está na atividade há um ano e meio. Antes exercia o ofício de garçom e copeiro – mas vendo o serviço minguar (principalmente no inverno) migrou para a profissão de motoboy.Faz parte do seu dia a dia, prestar serviços de entrega  de todos os gêneros ,como medicamentos,alimentos,objetos e ainda fazer cobranças,depósitos. A distância não é empecilho.

-Faço entregas em Torres,e em outros municípios,como Terra de Areia,Sombrio,tenho um cliente em Gravataí  – relatou Leo,como é conhecido no meio – Os chamados que aumentaram bastante nas duas primeiras semanas do confinamento,agora diminuíram (também) por conta do aumento de novos motoboys aqui em Torres. Penso que deva ter mais uns 8 a 12 novos –complementou .

A entrega mais comum  neste período tem sido de produtos de farmácia.Mas não são só entregas,Leo contou para o Jornal A FOLHA,uma estória curiosa :uma senhora as vezes o chama somente para conversar… o jovem só escuta e, mesmo não querendo aceitar a cliente faz questão de pagar .

Já  Jeferson Espindola de dia tem como sua atividade a construção civil, e de noite trabalha na moto (essencialmente com entrega de lanches e alimentação). Jefferson, começou há dois anos junto com o irmão ,para complementar a renda. Hoje eles  tem uma microempresa no ramo, com mais dois motofretistas em Torres.

-É um trabalho bom e ao mesmo tempo difícil. Quando chove por exemplo ,complica um pouco, e têm o trânsito também. Os motoboys acabam andando muito rápido para entregar a mercadoria,e ás vezes pode acontecer acidentes .E na época atual por conta do Covid-19 ainda temos que usar máscara e luvas. Mas usamos ,né! Somos responsáveis! – indicou. Segundo Jeferson,alguns motoristas de carro não respeitam o motoboy.

– Há uns dias atrás um colega nosso sofreu um acidente e quebrou a clavícula. O grupo de motoboy se uniu e conseguiu angariar um valor para ajudar o colega. Somos um grupo muito unido!Ajudamos uns aos ouros!

Casado e com um filho de um ano, Jeferson deixa um recado: -Pessoal ,cuidado no trânsito. A gente tem família e não quer deixar chorando quem espera a gente sorrindo. #É us guri!

O telefone do Leo é (51)994693200; e do  Jeferson(51)981349877

 

 

 


Publicado em: Saúde






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