Movimento grevista paralisa escolas e alguns serviços estaduais também em Torres

Na Câmara dos Vereadores, professor compartilhou publicamente sobre contexto do movimento grevista na cidade

Às 11 horas da manhã de quinta feira (28/11) a Escola Jorge Lacerda fechada - em greve por tempo indeterminado
29 de novembro de 2019

Centenas de servidores públicos, integrantes de diversas carreiras estaduais, lotaram o salão de eventos do Hotel Everest, no centro de Porto Alegre, em uma assembleia convocada para organizar a greve iniciada na última terça-feira (26). A greve é contra o atraso, parcelamento de salários e retirada de direitos pelo governo Eduardo Leite (PSDB).

Movimentos nas ruas, principalmente dos professores e Cpers Sindicato (vinculado aos trabalhadores da educação) se espalharam pela capital e por alguns municípios do interior gaúcho. Houve até certa violência quando lideres de manifestações, defronte ao Palácio Piratini (ainda na terça-feira) invadiram o prédio e levaram seguidores de carona, o que gerou nota de repúdio do governo Leite publicada nas redes sociais.

“Estamos reivindicando um direito básico, que é receber o nosso salário. Nós já perdemos tudo, então nada irá nos intimidar neste momento”, disse um líder manifestante, para a imprensa.

Alguns serviços do Estado serão impactados conforme alertam os manifestantes. Dentre eles, os da fiscalização animal (causado pela greve dos fiscais estaduais agropecuários). Serão impactados os abates nos frigoríficos, o lançamento e o controle dos dados da vacinação contra febre aftosa e a fiscalização da deriva do agrotóxico 2,4 D, por exemplo.

 

Escolas em Torres também aderem a greve

 

As escolas estaduais em Torres estão em greve parcial. O IEE Marcílio Dias, por exemplo, publicou em sua página do Facebook na terça-feira (26) os horários e turmas que teriam e que não teriam aula, para que alunos não chegassem à escola e tivessem que voltar. Já a Escola Jorge Lacerda comunica que estará no movimento grevista até o dia 6 de dezembro, com paralisação total (conforme publicado na página da escola no mesmo Facebook). Uma nova reunião deverá ser realizada no dia 06 – para deliberar sobre a continuidade (ou não da greve. Também aderiram integralmente a greve (por tempo indeterminado) as escolas estaduais José Quartiero e Marechal Deodoro (na Vila São João)

O professor Paulo Cezar Goulart de Quadros, da Escola Estadual de Ensino Fundamental José Quartieiro, esteve participando da tribuna na sessão da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira, dia 25 de novembro. Ele foi à Casa Legislativa em nome dos professores estaduais, quando muitos deles se faziam presente no plenário da Câmara durante a sessão.  O representante criticou o governo de Eduardo Leite (e o ex-Governo Sartori), afirmando que o governo atual foi eleito dizendo que iria melhorar a relação com os professores (incluindo a diminuição ou cancelamento do parcelamento dos salários), mas que acabou ficando pior que o governo anterior.

Paulo Cezar agradeceu a nota de repúdio feita pela Câmara de Torres contra o pacote, disse que o prefeito de Torres, Carlos Souza,  também estaria apoiando o movimento dos professores e prometeu pressão junto aos deputados para que rejeitem (ou pelo menos modifiquem) o PL “de maldades” (conforme classificou o professor).

 

Situação de outros serviços estaduais em Torres

 

A Inspetoria Veterinária sediada em Torres (responsável por várias cidades) comunicou publicamente que também estava em greve. Até esta quinta-feira (28) Polícia Militar e Civil estavam trabalhando normalmente. O trabalho no Posto Fiscal de Torres (Fiscalização de impostos) e seus correlatos espalhados pela região também estavam funcionando até quinta-feira pela manhã.

 

 


Publicado em: Geral






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