Na Tribuna da Câmara, Secretário da Saúde de Torres responde questionamentos de vereadores

Mas, mesmo após resposta, vereadores Marcos e Gisa não se mostraram convencidos das explicações

Cláudio Paranhos na Câmara, em imagem captadas por A FOLHA na transmissão pela internet
17 de maio de 2020

Na sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 11 de maio, participou da Tribuna Popular,  o Secretário de Saúde de Torres, Cláudio Paranhos. Ele foi à Casa Legislativa após notar que vereadores estariam acusando irregularidades dentro do dia-a-dia de sua pasta. Estas acusações estariam partindo principalmente de Marcos Klassen (PSB) e Gisa Webber (PSD).

Primeiro o secretário se referiu a acusação do vereador Marcos, na sessão do dia 27 de abril, quando este teria dito que servidores da Saúde estariam sendo convocados para trabalhar, mas que não estariam comparecendo. Paranhos se colocou à disposição para saber o que exatamente teria acontecido, já que o vereador não teria ainda lhe detalhado as acusações para que pudesse verificar os casos.

Depois, o Secretário da Saúde se referiu a outra reclamação do vereador Marcos, que teria dito que a empresa prestadora de serviços de Saúde contratada pela prefeitura, a Promed, estaria renovado o seu contrato por três anos, o que somaria pagamentos de três vezes R$ 5 milhões para os cofres públicos, sem licitação. O secretário disse que o contrato teria sido renovado somente por um ano. E que os valores são hipotéticos, porque se referem a somas de procedimentos e horas de trabalho, conforme demanda do sistema.

A seguir Cláudio Paranhos respondeu acusação de vereadora Gisa Webber, que teria dito publicamente que servidores da SAMU não estariam trabalhando o período contratado, mas estariam mantendo o recebimento da remuneração, mesmo assim. Sobre este assunto, o secretário se colocou a disposição para saber de forma pontual os casos.

Outra pedido de Gisa foi referente a informação de onde estariam sendo investidos os  R$ 15 milhões –  para a vereadora oriundos da renovação por três anos do contrato com a mesmo empresa reclamada pelo vereador Marcos (a Promed).  E sobre o contrato sem licitação com a Promed, o secretário disse que foi feita uma licitação, mas que o resultado foi impugnado (contestado). E foi justamente por isto, que a prefeitura foi obrigada a renovar o contrato de prestação de serviços por mais um ano com a empresa atual.

 

Gisa e Marcos não ficaram satisfeitos

 

A seguir, em seu pronunciamento na sessão, o vereador Marcos disse que não estaria questionando diretamente a Promed. Mas que se preocupa com o fato da empresa já ter tido contrato rescindido com prefeitura de Cidreira por ter havido irregularidades na relação contratual. A seguir, ele  sugeriu que houvesse uma espécie de auditoria, com a presença do Ministério Público e do Tribunal de Contas, para que fosse feita uma checagem da relação contratual entre Promed e Prefeitura de Torres.

Marcos também se referiu a um servidor da Saúde que teria, ao mesmo tempo,  relacionamentos com a Promed e contratos com a prefeitura (o que não seria ético). E disse que, para ele, os R$ 15 milhões foram o que foi pago para a empresa desde sua contratação inicial. No final, Marcos disse que, se não houver irregularidade, ele será o primeiro a se desculpar.

A seguir, em seu espaço de tribuna na Câmara, a vereadora Gisa Webber também se mostrou pouco satisfeita com as explicações do Secretário da Saúde de Torres. Citou, por exemplo, a falta de médicos na Praia Paraiso, o que já é uma realidade há três meses (conforme Gisa). E disse que isto, para ela, é causa de má gestão municipal. A seguir a vereadora criticou o executivo de Torres, lembrando que ainda existem alugueis sendo pagos pela municipalidade, enquanto a compra do Centro Administrativo – realizada em 2013 – teria sido feita pela administração justamente para economizar, ao viabilizar a colocação de todas as repartições dentro do prédio (justificativa da compra à época). E que o valor desperdiçado com o pagamento destes aluguéis poderia ser utilizado para pagamento de médicos, por exemplo, os médicos faltantes na Praia Paraiso.

 


Publicado em: Política






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