Apesar dos evidentes efeitos negativos do aquecimento global sobre o clima, as açíµes para reverter o impacto das atividades humanas ainda não são praticadas em escala.
Neste momento, o reconhecimento de que a produção em sistemas agroflorestais é uma possibilidade econí´mica já consolidada , é preciso gerar mecanismos que deem visibilidade aos serviços socioambientais prestados pelos SAFs.
Este motivo levou técnicos de três entidades a buscar uma metodologia capaz de medir quanto CO2 é retido nestes sistemas, de modo que os agricultores possam receber de acordo com a capacidade de absorção de suas agroflorestas.
Em uma oficina realizada entre os dias 02 de 05 de fevereiro no Centro de Formação Pastoral em Dom Pedro de Alcântara, ficou definida uma metodologia baseada na medição das árvores e posterior cálculo de quanto CO2 o SAF é capaz de absorver. Na região de Torres, cerca de cem hectares de sistemas agroflorestais produzem frutas como a banana ecológica ao mesmo tempo em que recuperam fragmentos da Mata Atlântica. Tal conservação é fundamental para a qualidade de vida nas cidades litorâneas e em todo planeta.
A Oficina sobre Serviços Ambientais foi realizada no âmbito do projeto Agricultura Ecológica e Serviços Socioambientais, financiado pela cooperação internacional da agência holandesa ICCO e teve a assessoria do doutor Jorge Vivan, da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. As entidades participantes deste projeto são a Fundação Rureco(PR), Centro Ecológico (RS), CTP(PR) e Cipae ( Paraguai).