Amor ou obsessão?

20 de agosto de 2010

Imagine que você   não consiga pensar em nada que não tenha relação com determinada pessoa. Seu desejo e desespero são tão intensos que se aproximam da dor fí­sica. A ausência do ser amado o impele a escrever páginas de cartas e a discar seu número de telefone várias vezes ao dia. Sentindo-se abandonado, surgem sentimentos de ódio e planos de vingança. Em principio, isso pode parecer apenas sinal de um comportamento irracional demonstrado por uma pessoa apaixonada que não é correspondida. Algo que, de acordo com o senso comum, vai passar com tempo. Mas e se esses sentimentos e comportamentos persistirem?    

A perseguição a uma pessoa é considerada sintoma de um distúrbio psí­quico, ou seja,  de uma obsessão,   não se tratando de amor saudável, mas patológico. Quem sofre deste quadro, geralmente são pessoas dependentes emocionalmente, e geralmente,   parte da idéia de que   é amado pela pessoa a qual ele persegue. í‰ aconselhável não lidar com o problema sozinho, mas buscar apoio psicológico e registrar boletim de ocorrência.  

Denúncias podem interromper a ação de ofensores, e a psicoterapia ajuda a ví­tima   a se proteger, oferecendo suporte durante a situação de sofrimento, além de ajudar a pessoa a compreender questíµes pessoais, em geral antigas, que contribuí­ram para esta situação.

   Do ponto de vista do perseguidor, em geral, são pessoas com baixa auto estima, e distúrbios psicológicos que demandam atenção e tratamento, já que na maioria dos casos,   o desfecho pode acabar em violência, por tornar-se a única possibilidade de compensar o orgulho ferido ou desespero, por parte de quem sofre desta obsessão.    


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