Cãmara Municipal retoma atividades em ano de votação de temas polêmicos em Torres
A Câmara de Vereadores de Torres realizou sua primeira sessão ordinária após o recesso do mês de janeiro na última segunda-feira (1). A pauta do primeiro encontro formal dos edis torrenses foi ocupada por vários projetos de autoria do poder legislativo que entraram em primeira sessão em pauta na casa, a maioria com matérias de ajustes ao orçamento do ano para que possa receber as verbas de repasses de emendas parlamentares conseguidas através de deputados federais em Brasília pelo executivo e pelos vereadores torrenses, e que necessitam serem incorporadas aos recursos das secretarias para serem utilizadas nas obras e projetos sociais.
Mas o reinício do trabalho legislativo em Torres em 2010 significa a abertura de debates importantes que deverão acontecer durante o ano no legislativo por conta da formalização do primeiro Plano Ambiental, votação do primeiro Código Ambiental e principalmente das mudanças ao Plano Diretor do município, que já estão atrasadas há muitos meses por conta de um trabalho de análise técnica encomendado pela municipalidade junto í UFRGS sobre o documento que deverá ser entregue para ser discutido e aprovado pela sociedade através da Câmara Municipal. Temas polêmicos como altura de edificaçíµes, áreas de preservação, posturas comerciais e regras construtivas deverão dominar a maioria das discussíµes da cidadania torrense que ficarão í cargo dos legisladores neste ano, que por sua vez deverão promover audiências públicas para a formalização dos debates assim como deverão, também, se reunir com segmentos produtivos locais para debater os eventuais afunilamentos e interesses, que por fim devem protagonizar as discussíµes.
Presidente da casa, que é da oposição, assume com
responsabilidade de coordenar conflitos internos da casa
O novo presidente da Câmara, que será o titular da presidência da casa neste segundo ano da legislatura que elegeu a nova nominata da casa em 2008 para o período 2009/2012, Rogério Evaldt Jacob, o Rogerinho (PP), tem um desafio duplo. Além de presidir a Câmara Municipal em um ano com temas polêmicos, ele terá também de conciliar com suas tarefas as diferenças partidárias que existem na casa e tentar dirigir as discussíµes para enfoques que diferenciem ideologias e diferença pessoais das decisíµes que visam o futuro da cidade. Ele foi eleito presidente da Câmara em uma votação polêmica, onde o ex-presidente Gimi tentava se reeleger, conseguiu apoio de alguns vereadores da casa,mas não recebeu apoio formal de seu partido. E o resultado do processo elegeu Rogerinho, que é do Partido Progressista, e que não fazia parte dos planos da base aliada do governo João Alberto, que tinha planejado alternar a presidência entre o PMDB, PTB e PPS usufruindo de sua maioria na casa.
Rogerinho já foi presidente da Câmara em 2006, na época pelo PMDB, partido que deixou no ano seguinte, o que lhe rendeu a perda de seu mandato na casa por infidelidade partidária. Na época sua gestão foi marcada por austeridade, quando suspendeu a retirada de diárias dos edis durante seu mandato, o que gerou economia de quase meio milhão de reais devolvidos por ele para os cofres públicos após o término de sua gestão.