Contrapartida de construção de prédio em Torres proporciona ampliação de creche na Vila São João
Após ser deliberada em audiência pública a autorização e as contrapartidas necessárias por conta do impacto de vizinhança que uma obra proporcionará na urbanidade da cidade de Torres, foi referendada na última terça-feira (3) a efetiva utilização desta contrapartida para o desenvolvimento social e econí´mico da cidade.
A incorporadora De Rose Arquitetura & Construçíµes, que está construindo na cidade, dentre outras obras, o edifício de 20 andares já batizado de Imperial Residente, no Centro Alto de Torres, onde se encontrava o antigo Hotel Imperial, promete dar exemplo de pensamento comunitário, tanto no conceito da obra quanto na atitude dos empreendedores perante o impacto que a construção e sua utilização no futuro trás para a urbanidade local. Dentre outras adaptaçíµes necessárias para construir este tipo de edificação, foi exigido conforme as leis locais e estaduais que houvesse uma contrapartida da empresa para com o município, dada em parte por dinheiro adiantado para construir algo de necessidade urbana ou social em Torres. E foi daí que saíram os recursos para ser executada a ampliação da Escola São Francisco de Assis, uma creche no bairro Vila São João, que necessitava a muito tempo de aplicação das vagas para receber as crianças entre zero a seis anos do bairro.
Foram doados R$ 125 mil pela construtora para adaptar o prédio anexo í creche da Vila, adaptação que gerará várias novas salas, que disponibilizarão também varias vagas, verdadeira demanda do estabelecimento do tradicional bairro de Torres.
Conforme informou o prefeito João Alberto em seu discurso, em dois meses as obras estarão encerradas. O prefeito de Torres lembrou que a municipalidade optou por disponibilizar a compensação financeira para um bairro distante, como está sendo feito, para seguir a atitude da atual administração de priorizar os bairros e as famílias mais necessitadas. Poderíamos utilizar a compensação em obras em bairros já bem servidos, mas mais uma vez optamos por buscar justiça social, disse. Naquele bairro onde está sendo construindo o prédio, muitas pessoas podem pagar, se quiserem, estudos particulares para suas crianças; já em bairros mais longe do centro, as famílias são mais simples e não dispíµem muitas vezes destes recursos, além de as mães necessitarem ainda mais de trabalho para prover os lares, encerrou.
A creche foi fundada pela comunidade privada em 1972, mas hoje, como as outras creches da cidade, sobrevive de recursos disponibilizados pelo orçamento público da municipalidade local.
O empresário Rafael De Rose esteve presente na solenidade de inauguração das obras de reforma da escola infantil da Vila, na qual ficará registrada nos anais da cidade a participação da empresa nas reformas, mesmo que tenha sido feita através da força da lei.