Descentralização, regionalização e sustentabilidade são as palavras-chaves do plano de governo de Fogaça
Em reunião-almoço com dirigentes lojistas, pré-candidato ao Piratini ainda
defendeu uma melhoria na prestação de serviços
Desenvolvimento regional, sustentabilidade financeira e melhoria na prestação de serviços. Estas foram as principais propostas apresentadas pelo pré-candidato ao Palácio Piratini José Fogaça nesta terça-feira, dia 8, durante uma reunião-almoço com empresários do comércio. O evento, que ocorreu na sede da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/RS), contou com a presença do presidente da entidade, Vitor Augusto Kock, e de diretores de diversas regiíµes do Estado, além do presidente da CDL Porto Alegre, Vilson Noer, e do vice-presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn.
Por mais de duas horas, o ex-prefeito de Porto Alegre ouviu sugestíµes e explicou aos cerca de 30 dirigentes lojistas presentes suas ideias e projetos políticos e econí´micos para os gaúchos. Fogaça, que aposta no desenvolvimento regional como diferencial em seu Plano de Governo, disse que a descentralização e a regionalização são as palavras definidoras dos novos tempos. Se há uma grande novidade política no Estado, ela se chama desenvolvimento regional. O crescimento depende das regiíµes. O Rio Grande tem vários núcleos, que são centros de gravidade política e econí´mica e que possuem características e necessidades muito específicas, avaliou.
Atualmente, segundo ele, a cultura de governo não permite que se teha estratégias claras e definidas para um modelo de gestão regional. A centralização é tanta que um prefeito precisa viajar 500 quilí´metros para apresentar um projeto e, na maioria das vezes, receber uma resposta quase nula, criticou. De acordo com Fogaça, o Rio Grande do Sul vive um momento de oportunidades. Poderemos dar um grande passo, mas, para isso, precisamos estar organizados e ter o mínimo de harmonia e coesão política e social. O Estado pode ser líder se apontar um rumo ao Brasil.
Na reunião-almoço, Fogaça ainda defendeu o retorno do Simples Gaúcho e fez uma avaliação do atual momento econí´mico do Estado. Em sua opinião, hoje, há uma restauração da sanidade financeira, mas que não garante sustentabilidade. O governo atual ampliou o esforço financeiro, mas também queimou uma parte importante de ativos não-renováveis. Não há garantia de investimentos para os próximos anos. Por este motivo, por anos e anos, obras ficaram paralisadas. í‰ preciso criar sustentabilidade.
Fogaça ressaltou que é necessário conquistar a sustentabilidade orçamentária e não apenas garantir o superávit passageiro. Segundo ele, o governo estadual tem que ser um protagonista político, emparceirado com o governo federal. O Estado é um grande prestador de serviço, mais que o município. E não existe serviço mais importante para a população que a educação, a saúde e a segurança. Acima de tudo, a segurança pública é um dever do Estado e só depende de uma coisa: gente capacitada, qualificada e em quantidade suficiente, avaliou.