Direitos humanos ou revanchismo?

15 de janeiro de 2010

Nos últimos minutos do segundo tempo, o governo Lula encaminhou para o congresso Nacional uma lei que chamam os idealizadores de fomentadora dos Direitos Humanos, mas que pode muito bem ser, ao contrário, uma recaí­da autocrática vinda das entranhas do partido dos Trabalhadores visando uma vingança ao sistema constituí­do na nação onde seus militantes tiveram oito anos no poder e não conseguiram implementar quase nada dos ideais comunistas que transitam inertes, mas vivos, dentro das almas dos tradicionais membros do partido.

 Não bastando ser claramente anticonstitucional, fato que hoje é pouco preocupante para polí­ticos, pois a nação convive insistentemente com atos e lei anticonstitucionais que já se tornaram constituí­das pela morosidade e tendência polí­tica dos altos escalíµes do Judiciário e do Ministério Público, que não julgam ou não representam contra estas mazelas, os idealizadores do projeto de lei elaborado pela secretaria dos Direitos Humanos com status de ministério do governo Lula mostram as garras guerrilheiras do partido e praticamente assumem publicamente que o próximo governo deverá realmente ser dirigido por outro candidato, que não seja do PT.  

Tentar punir os militares que praticaram atos de violência no regime da ditadura que comandou o Brasil por um longo perí­odo, sem punir com a mesma medida os militantes que procuravam derrubar o governo através de atos muitos deles violentos é ditadura de volta para se vingar de outra ditadura.    

Querer criar censura aos meios de comunicação fantasiada de comissão executiva plural, evitando que as TVs, rádios e jornais consigam queimar a imagem de um polí­tico em suas linhas editoriais com sançíµes pesadas e risco de perda de licença de operação é ditadura com alto grau de vingança e pauta provavelmente já definida nos bastidores dos grupos idealizadores da lei.  

As outras duas matérias polêmicas que transitam nas discussíµes nacionais e que constam na lei dos direitos humanos se tratam de temas saudáveis e que devem sempre ser tratados democraticamente e, também sempre, terão correntes radicais opostas aos temas como existem saudavelmente em todo o mundo.  

 A utilização proibida de sí­mbolos religiosos em repartiçíµes públicas é tema em todo o planeta que divide opiniíµes e faz parte do grande marco que divide a parte da população que é chamada de progressista em alguns paí­ses, democrata em outros, e esquerda em outras naçíµes da outra parte, chamada de Conservadora em alguns lugares, Autocrática em outros, ou ainda de Direita na maioria dos paí­ses. As posiçíµes radicais de ambos os lados existem e sempre existirão, e os pensadores de centro que sempre acabarão decidindo se o pêndulo vai para um lado ou para outro lado naquele momento do paí­s, podendo ser tema de idas e vindas nas regras de naçíµes.  

A questão da descriminalização do aborto também divide linhas de pensamentos idealistas pelo mundo afora. Nos EUA, por exemplo, o Partido Republicano trata como sagrada sua proibição e punição por lei dos que o praticam. Já o Partido Democrata sempre aparece com cartazes nas campanhas presidenciais ou de governos (lá pode ter lei especifica por Estado) defendendo justamente o que sugere o projeto de avanço dos direitos humanos do governo Lula.  

 Direitos humanos são as bases da estrutura de um plano de nação que sinceramente quer dar a seus moradores o direito puro de ser o que quer e ser e ter o respeito das leis para tal, assim como deve respeitar o direito de seu par com a mesma intenção e regido por lei. Mas tratar questíµes como liberdade de imprensa e vingança de atos passados na matéria, beira ao ridí­culo e mostra que a base do PT está pedindo passagem para tentar deixar plantado e regado nas leis da nação ideologias que são muito mais próximas de governos ditadores e manipuladores que de governos democráticos, governo democrático estes que na verdade se tratam de um subproduto dos reais Direitos Humanos.


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