Edifício de 30 andares passa por audiência Publica provando que não causa impactos ambientais maiores para a cidade
Uma audiência pública com muitas pessoas presentes, dentre elas empresários da construção civil, do ramo imobiliário, do comércio, assim como alguns ambientalistas , todos de Torres, acabou sacramentando positivamente o principal rito de passagem que uma edificação teria de passar para receber o habite-se para moradia. A empresa Hidro Ambiental, também aqui de Torres, com muita competência e detalhamento técnico, apresentou o Estudo de Impacto Ambiental e de vizinhança de um prédio de 29 andares construído pela ígil Construtora e Incorporadora, também de Torres, e acabou demonstrando que não existem impactos maiores com a construção do prédio na cidade nem no bairro onde se localiza. Gráficos apresentados na explanação, ao contrário, demonstraram que os impactos positivos são grandes e poucos são os negativos.
Conforme manda a Audiência Pública, pessoas simples ou representantes de entidades podiam questionar algum impacto que eventualmente não teria sido apresentado, o que não houve. Somente uma diretora da ONG Onda Verde entreviu e pediu a fala mostrado sua preocupação com o futuro, sugerindo que outros vários prédios iguais poderiam ser construídos e que a estrutura da cidade poderia não responder bem a eventuais exageros. Mesmo esta demanda da ambientalista, de certa forma quanto ao futuro da cidade, foi provada que é de difícil acontecimento. Os técnicos em meio ambiente da empresa provaram que a cidade ainda está muito bem preparada para crescimentos maiores.
O mesmo prédio, que está localizado na Avenida Benjamin Constante, próximo ao SESC, foi embargado pelo MP Estadual em 2009. Na época, o promotor da comarca Vinícius de Melo Lima insistiu na ação contra os empreendedores, mesmo em segunda instância, após não ser aceita pelo juiz também de Torres.
O Tribunal de Justiça do Estado, então, aceitou a denúncia e o prédio foi embargado, gerando prejuízos financeiros ao empreendedor e a compradores, assim como prejuízos de imagem í empresa. Na fundamentação do promotor há época, um estudo mostrava impactos visuais do prédio que foram desmentidos com fotos via satélite e gráficos georeferenciados na audiência Pública de Terça-feira (17).
A prefeitura de Torres também foi vítima da mesma representação do promotor Torrense Vinicius de Melo Lima. A ação, também ganha em segunda instância, proíbe até hoje que a municipalidade conceda alvarás de construção para prédios que possuem mais de dez andares, sem a apresentação formal de Estudos de Impacto Ambiental e de Vizinhança.
Mesmo sem maiores impactos, a construtora ígil encaminhará recursos de em torno de R$ 280 mil, por conta das chamadas compensaçíµes ambientais que serão utilizados em princípio para a revitalização do Parque da Guarita, dentre outras atividades ambientais e sociais da cidade.